quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

VOTOS DE PAZ

Feliz dias novos para todos!
A virada anual é apenas um símbolo
de esperança, renovação, resignação
espíritual e de conclamação da PAZ.
Vamos alimentar esse tanque de positividade
a cada momento da convivência humana.
Abracem, amem e presenteiem seus entes
queridos e amigos com naturalidade e a qualquer momento,
independentes dos apelos comerciais e das datas comemorativas.
A vida é uma festa com suas ressacas para ser brindada,
revitalizada e assistida a cada segundo.
Por: Moisés carneiro - 30/12/2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

INFERNO PARADISE

INFERNO PARADISE
Seria eu o escaravelho do diabo?
Ou apenas eu e mais mil eus
um escroto velho dos diabos?
Com ou sem mente na cerveja,
escrachados somos nós, vós, tu sem tutu, sem feijão, eles.
E elas também! Santas endiabradas.
Não estou só! Não estou mesmo!
Diabruras ou travessuras escrotas?
Tudo sobre lençois de gramas,
granas, rendas. Renda-se! E asfaltos.
Paraíso de inferno! Momentos de assaltos
e sobrepassos incontáveis. Conturbados inocentes,
sambistas de rodas incontestáveis e
atiradores de paus nos pobres gatos silenciados.
Por Moisés carneiro - 22/12/2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AMARLEYANDO

A magia do encontro
rege a sinfonia
da encantada mensagem
Three Little Birds.
Surdos ouvintes dançam
ao som de puras melodias
de uma linda canção,
caminham sobre mares,
navegam em suas ondas,
flutuam sob céus,
cegos de tanto ver,
loucos de tão felizes.
Bobos da corte do amor!
Afônicos de repetir
I love tu! I love you!
Before me!
Por: Moisés Carneiro - 16/12/2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

DESPREZO DESEJADO

FÊMEA DA SENZALA
NEGRA, MULATA, ESCRAVA
FORÇADA AMANTE BRAVA
DOS BARÕES DE PANÇA E BENGALA

DA MÃO DE OBRA, ÉS PROCRIADORA
DAMA DE COMPANHIA, JAMAIS DE HONRA.
DISPOSIÇÃO CONSTANTE OU MASMORRA
SEM ALMA SEM CORAÇÃO, PORÉM SOFREDORA

POUCAS VEZES MULHER AMANTE
VÁRIAS VEZES ENOJADA E OFEGANTE.
NAS GARRAS BRANCAS EM PRAZERADAS DE AÇOITE.

DOS HOMENS DE ALMA E SEM ALMA
ARDENTE PELOS NEGROS QUE A ACALMAM
NA BUSCA DO ACALENTO DA NOITE.
Por Moisés carneiro

O CURTIÇO

Vida curta curta a vida
Regimentos e batutas.
Vigilantes valores ofuscam
curtos momentos.
Fragmentos de vida!
Tolos não vivem o que sentem nem sentem o que falam.
Loucos vivem! Intenso sentem, indiferentes aos que falam.
Felicíssima loucura do viver. De Médico eu só quero um pouco.
De louco pra navegar nessa curta vida,
uma overdose insana pra mim é pouco.
Soy louco por ti vida!
Soy loco por ti, América,
soy loco por ti amores.
Soy louco só por ti América e Amélias
por que ainda não conheço a Europa
nem tão pouco a Dolores.
Por: Moisés Carneiro - 11/12/2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FILÉ NENHUM

Informações devem ser trocadas.
Curiosidades filé Mignomnicas a farofais.
Nenhum filé na carne seca.
Filé e farofa! Dois mundos duas prosas!
Experiências gastronômicas
das sociedades econômicas.
Estereotipos e símbolos
de uma pobre bagunça
e outra rica elegância
Uma Nobre sofrida alegria
outro rico e falso orgulho.
No frigir dos ovos bem servidos ou goros,
pobres praias do mesmo saco
em seus espiritos de falsos perjúrios.
Moisés Carneiro - 28/11/2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

VERDE NUDEZ

Esquadrão de aço, ferro e asfalto
reprodução em pleno ato
melancólico grande palco.
Prédios, vias, passarelas. Paranóias!
Monóxidos e diachos. Dióxidos e carbonos.
Amazônia - paralelos desmatados!
Paralelas - crateras e escalpos!
Claras luas faltam copas
florestar das seminuas.
Vergonhas que fogem às ruas,
mantos e desmandos nos desmatos.
Metropolitanos invadem parques,
empreendem dores e desfalques.
Pituaços e seus espaços!
Alegrias são nações.
Concretos verticais,
árvores horizontais e
passáros sem canções.
Por: Moisés Carneiro-02/12/2010

domingo, 14 de novembro de 2010

ANJOS SEM ASAS

A fumaça! A névoa! Envolvente sonho paulistano.
Palco, outrora atraente, dos retirantes ruralistas,
engrenagens ambulantes, saltimbancos do progresso, força motora explorada.
Baixa auto-estima fomentada!
Preconceitos mil e discurso varonil! "Orgulho de ser nordestino!"
Força motora de trabalhos e eventos. Jamais promotora.
Céus de nevoeiros!
Sopros industriais sufocam narinas das desfocadas estrelas do desenvolvimento.
o humano!
Progressivamente esmagado, e essencialmente, nordestino humano.
Anjos da garoa! Filhos bastardos dos patrões e suas não patroas.
Anônimos e desalados Josés.
Asas atrás das sombras carcerárias do "Ordem e Progresso".
Sem sucesso! Sob a fumaça do ópio retrocesso.
Irmandade sem chamas do belo é o poder.
Lamparinas apagadas por ventos do
alcatraz sentimento possessso.
Por: Moisés Carneiro - 27/09/2009

domingo, 7 de novembro de 2010

ARREBATAMENTO

Tento escrever, mas não consigo
deslizar dedos e lápis, sobre teclados e papéis,
faltam quadros e giz. Não vejo!
Não sinto areias aos pés para os desenhos
livres, criados por dedos firmes
que, rabiscam, apontam e contam estrelas.
Faltam palavras, sinais, símbolos. Sobram imagens!
Turvas imagens num céu de Brigadeiro seguido pela
estrelada noite, mas, não vejo a lua...
Momentâneo desespero!
Inebriante e novo escarlate. continua a Beijar-me! Doma meus desejos.
Braços enlaçantes, cegos nós, torpor em sentimentos,
frivolidade, valiosidade, alegria e tormento.
Prazer! Susto e arrebatamento, veias em chamas,
nervos em frangalhos, acho, penso e não grafo.
Agora vejo, torno a escrever.
Toma-me novamente!
Oh! Doce escarlate.
Por: Moisés Carneiro - 07/11/2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Finados

A vida é uma inebriante festa
impulsionadora de emoções,
promotora de eventos,
manipuladora de relações e
oscilante em decisões.
Vacilante e atuante,
ofuscante e ofegante,
ágil e sem reflexos
no desgaste do
seu tempo de ser, ao espreitar,
lutar contra e
esperar a inevitável
ressaquial morte, para talvez,
curtir o ser de outra festa
dimensionalmente mais ampla.
Por: Moisés Carneiro - 02-11-2010

sábado, 23 de outubro de 2010

SEIOS MATRIARCAIS



Avós, mães, irmãs, esposas e namoradas, amigas e colegas,
embalam e direcionam homens que pensam
conduzirem vastos Mundos
com tamanha convicção e metódica razão.
Pura ingenuidade masculina! Cega percepção patriarcal!
Mulheres seguem e carregam criadores de Mundos nos ventres,
embala-os em seus braços, cantam para eles dormirem
e alimenta-os sob o seu Seio Matriarcal Gentil.
Tornam a cantar e a encantá-los!
Segura-os pelas suas mãos adultas,
ainda desejosas pelos seios
não mais gentís,
quando estes pensam que,
caminharão sozinhos
e serão motoristas
num comando de ilusão
da palavra feminina
"direção".

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OLHARES NAS FRESTAS

A vida é uma fresta por onde
raios reluzem com muitas dificuldades,
projetam mutantes formas,
moldam e transformam
mutativas identidades,
heterônimas Pessoas,
tornando-as capazes
de administrarem o presente e o amanhecer,
suporte heróico para a
sobrevivência da festa do dia a dia e
a sua arte do não tão logo morrer.
Incessantes lutas, farras,
tristezas e alegrias,
razões, sandices e teatrais aleotrias.
Devemos ser loucos e anormais,
antes que luzes e sombras
não a transpassem mais?
Frestas! Festas! Focos visuais.
Cada qual nos seus cada quais.
Puros momentos, perguntas,
possíveis respostas e a perturbadora
angústia das perdas e do quero mais.
Por: Moisés Carneiro

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

HUMANO PRODUTOR

Relações políticas, amigáveis e/ou amorosas,
escolares, trabalhistas e oportunas,
todas com o seu cunho de interesse e barganha,
variáveis implícitas, outras explícitas, politicamente
ridículas na sua essência incubada, imoralidade que assusta.
Promíscuos valores.
Relações e relatos sociais, claramente produtivos,
enquanto produtor atendente de expectativas terceiras,
reconhecido é o valor de um dos elos,
tapinhas nas costas, vagantes elogios,
sorrisos e olhares brilhantes
em sua direção. Desvio de rota, busca do próprio interesse,
erro fatal deste elo. Desinteresse à vista,
ativista de plantão em mudança e manipulação de opinião.
Amaldiçoado passas a ser pelo ativista e egoísta inconformado,
campanhas negativas, indiretas flexivas, alvo é a sua vida,
que já não é tão bem vista, nas rodas de comentaristas
daquele que vê o seu antigo colaborador produtivo,
atuante e agora também produtor de interesses próprios,
mesmo tendo contribuído exaustivamente
para aquele que, desesperadamente,
vê o seu ritmo produtivo abalado.
Maldita produtividade relacional irracional
que atua e domina o humano.
Por: Moisés Carneiro

terça-feira, 21 de setembro de 2010

FELICIDADE – INFELIZ DOPING FELIZ

Só Deus sabe o quanto eu gostaria de poder devolver o brilho dos olhos daquela Menina e daquele Menino, antes alegres e externantes de positividade e auto-estima contagiantes, prontos para sorrirem das mais bobas piadas e situações expostas aos seus ouvidos e olhos expressivos. Seria tão bom se tivéssemos a facilidade de fazer o outro feliz. Ah! Como seria... Mas contraditoriamente, apesar da felicidade ser tão boba e apresentar-se nos momentos menos esperados e às vezes terminar num sorriso, num gozo progressivo e aluscinante, ela também pode ser muito complexa, e quando a sentimos entramos em transe, uma sensação de doping, capaz de nos tornar insanos por sua busca, dependentes, que ao primeiro sinal de tristeza, questionamos a fórmula da alegria, e questionamos a tal ponto que nem enxergamos a sua essência simplificada nas conversas e brincadeiras com as pessoas que convivemos no trabalho, na escola, com as pessoas que namoramos, com os afagos nos nossos animais de estimação e nos nossos micos pagos em público. Como seria bom se todos conseguissem enxergar isto e valorizar os fragmentos de felicidade, juntando-os feito a um mosaico nas suas lembranças para tentar minimizar e conviver bem com a complexidade interior.
Mas, infelizmente a dependência de ser feliz e a inquietação que se encontra no íntimo de todo o ser é mais forte e quando entra em erupção perturba, e como perturba! Por isso fico triste por saber que a felicidade do individuo só depende dele e de mais ninguém, e isto me angustia, pois vejo a Menina e/ou o Menino que, eu tanto estimo, tristes e ausentes de si, sem sorrirem, sem brincarem, isolando-se e excluindo-se do convívio social. Confesso! Sinto-me impotente, assisto a tudo e, por mais mosaico de momentos felizes eu monte, através das minhas boas lembranças, eu não consigo encontrar uma saída, um atalho para devolver, ao menos, os brilhos dos
seus olhares que interagiam com um sorriso tão mágico e cativante e que
certo dia me encantaram, porém, hoje, infelizmente, se apresentam em óculos
vendados e risos amordaçados. Meu Deus! Peço-te uma luz para eu tentar
clarear os olhos destas pessoas, outrora altivos e cheios de vida , vítimas desta
felicidade momentânea, que liberta e ao mesmo tempo cria dependência e
cativa, para eu poder contemplar o sorriso destes que sempre foram, e
serão, meus grandes amigos, familiares autores, marcantes amores e parceiros-colegas do auto da vida compadecida.
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

BOLOLÔ

Minto aquilo que pinto?
Santo-sinto-sento-Santo.
Joelhos ralados! Fé e encanto!
Ora oráculo, rezei ontem!
Castigai-me hoje. Ao amanhecer
não mais julgo ser. Arrependido é o confessar!
Canto aos quatro ventos, em karaokê constante,
fieis estações psicológicas.
Bravatas e calmarias!
Amor, sexo e uzura. Solídaria ganância, simplicidade em
arrogância, bregas elegantes. Mentes cruzadas!
Pasmos universos,
ladainhas vácuos e versos.
Por: Moisés Carneiro

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

LUAL DA PAIXÃO

Ouço a Lua uivar ao lobo.
Clara Lua sem eclipse
traz seus brilhos delirantes,
cometas e versos traçantes.
Fantasias mil em milhas,
imaginação nas trilhas.
Saga sem nenhuma noção!
Ópio de insana tensão!
Estrelas cobrem o meu chão
e iluminam a minha razão
veia rubra e fervilhante,
embaçada é minha visão!
coração és galopante
no universo da Paixão.
Por: Moisés Carneiro

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Gandula aposentado

Como seria se eu fosse bem amado?
Na rua, na casa, na tenda de saco armado,
no circo, na fazenda. Famílias sem viadutos! Orgulho à venda.
Almas fogem das armas! Fumaças. Fogo! Fogo! Ora bolas,
chutem ao gol e apaguem com suas enchentes.
Pós invadem mentes. Aspirem, fiquem contentes e não dementes.
Um dia eu fui inteligente! Fui sim!
Fui gandula! Amor esporte clube Galícia. Corre! lá vem a polícia.
Miséria, fome mais renda, tricô, crochê de lacre de lata.
Restos de bebidas e comidas do lixo à boca.
Jornal! Lençol sem retalhos, sem bico fino e gravata.
Sou capitalistalmente pobre, espírito de sofrimento nobre.
Sentimentos raçamente esnobes.
Só negros, vil metais negativos e ônus, sambam na alegre batucada para alguma raça superiorizada de bonús nobres.
Dominós, efeitos mil, dominados e desalmados.
Dominantes e elegantes, bem falantes aos maus falados.
E aos pecadores sem mais pecados? Sofrimentos por todo o lado.
Protejam o centro do umbigo herdado, quem pode, sobe,
quem não sobe, saracuteia, sacode a mão de calo e areia
e batuca no próprio lombado. Pareceu samba, ou foi xaxado?
Triste é o fim do policarpo descalço. Ninguém preza!
E da Quaresma tiraram-lhe o peixe e a reza.
Um dia serei meu, com fé ou com peixe,
sem Epimeteu e Prometeu.
Me reciclarei e serei Eu.
Bem novo-velho, mas, Eu.
Com fé e esperança no meu bom Deus.

Por: Moisés Carneiro - 20/04/2009

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

DOCE DE GENGIBRE SEM AÇUCAR

Ah! infância sofrida, porém, alegre e criativa.
Infância infantilmente bem vivida. Dificilmente hoje altiva.
Infames roubaram a sua essência, oh! Doce infância.
Destruindo fases e pulando-as como cordas
numa velocidade de brincadeiras de rodas. Doce azedume oferecem aos inocentes
que lambuzam-se não mais com marmeladas ou travessuras,
mas, com violência, sexo, drogas e pouca astúcia.
Brincadeiras de casinhas, de bonecas? Que piegas!
Maquiagens, brim, cocas, colas, shows e Jeans.
Projéteis sem projetos!
Brincadeira de ser mãe aos nove e infeliz sempre que pode,
aos oito, aos sete, aos cinquenta e nove...
Poucos ventos primaveris sopram narinas de crianças que embalam PÉROLAS,
crueldade real que rouba a inocência da face
infanto-juvenil, tão atenta e sedenta por saber.
Por CURIOUSAR ser!
Aprendiz de feiticeiros ,
miseravelmente parentes, midiáticos parceiros.
Maus técnicos e vendedores de sonhos
fantasiados de cordeiros.
Por: Moisés Carneiro – 30/08/2010

sábado, 28 de agosto de 2010

ALEGRIA AO JANTAR


Tarde cinzenta, o crepúsculo anuncia-se, o garoto quebra aqui, conserta ali, olha o portão, junta molas, serra madeiras, guarda o pião na caixa de ferramentas, volta os olhos ao portão, fronteira angustiante da sua limitação, enxuga a testa, assoa o nariz. Neste momento o cachorro late e abana o rabo. O menino corre até o esqueleto de ferro, visualização além fronteira e nova frustração que consome a expectativa infantil. Vai tomar banho, menino! Grita a voz das proximidades do tanque de lavar roupas, ordenando-o. Resmungos e barulhos da serrotagem misturam-se às buzinas dos carros lá fora e às conversas dos transeuntes. Só entro quando terminar! Resmunga mais uma vez e olha para o simples relógio de visor partido, com cuidado para não pingar nele o suor da face e afogá-lo, mira o céu e vê tímidas estrelas despontando, sente o cair do sereno, certifica-se do tempo e concentra-se novamente na sua atividade. Psiu! Assusta-se, derruba o martelo e corre as vistas ao quadrado imperativo com tanta empolgação que, um sorriso espontâneo surge do seu rosto esperançoso, desmanchando em seguida com rara frieza, que o amiguinho recomenda voltar depois. Não! Entra, pode entrar. Tá zangado comigo? Pergunta o visitante não esperado. Segura aqui? Pede ao ajudante indesejado no momento, sem dá importância ao seu questionamento, estende-lhe um pedaço de madeira para ser pregada, mira o prego, olha pra rua, erra a martelada, dá outra e acerta, mais uma e levanta a cabeça, vasculha a fronteira, sorri para o parceiro de traquinagens e fabricações e pergunta-lhe as horas. O aprendiz consulta o seu objeto camaleônico e exuberante, portador de um vasto guarda roupa em pulseiras de sete cores, uma veste para cada ocasião, e responde, são seis e trinta. Já vai tomar banho? Pergunta, preocupado com o fim do aprendizado. Não! Só entro depois que terminar. Responde com determinação de mestre. Golpeia mais uma vez com sua ferramenta, e o prego relutante em se infiltrar na pele de madeira, enfim integra-se ao emprestado corpo.
Meu pai me trouxe um ferrorama hoje, brinquei com o trem por uns cinco minutos, mas o diacho brinca só, fica rodando nos trilhos até a gente ficar tonto. No comercial da TV sem cor, ele parecia ser tão legal. Desabafa o aluno, freqüentador da oficina improvisada e quase sua segunda casa. Ei! Tá me ouvindo? Hum... Sua patinete tá quase pronta, só faltam os rolimãs traseiros, diz o Gepeto da periferia. Oba! Amanhã eu consigo os dois que faltam e nós vamos descer a rua da ladeira asfaltada, depois da pelada na quadra da escola, é claro! Isso sim é que é diversão. Empolga-se... Ô! O que você tem? Parece triste e chateado, nem parece que o velho volta hoje. Indaga, preocupado com o amigo e fabricante de seus melhores brinquedos. Vamos tirar os rolimãs da minha super máquina agora e colocar na sua patinete pra testá-la? Desconversa o exímio montador de alegrias artesanais, antes de dar outra olhadela nas frias grades. Vem tomar banho menino! Já são sete da noite. Grita uma voz rouca e triste do interior da casa. Desta vez sem resmungar, o garoto entra correndo e depois de alguns minutos, sai, cata as suas ferramentas, lamenta-se ao amigo e aluno com um forte abraço. Coração afogado! Chuvas de lágrimas embaçam o seu último olhar expectativo ao portão. Seu pai não mais voltará do leito hospitalar. Fim das conversas e brincadeiras tão saboreadas ao jantar.


NAQUELA MESA - NELSON RODRIGUES
Por: Moisés Carneiro - 28/08/2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

EFEITO DOMINÓ

O ouvido deveria atentar-se!
A boca recita!
O atropelo da fala reduz
a oratória do outro ao pó da tolice.
Atenção saber! Poder é ouvir!
Refletir é ouvir-se!
Desculpe-me caro sábio,
ouço-me tão pouco
que acho idiotice
escutar os outros
tolos não ouvintes.
Por: Moisés Carneiro

domingo, 22 de agosto de 2010

IMPUREZAS

Prazeres e amores diversos!
Com altivez risco em versos,
versos prosopopéicos, figurantes
dislexos, ativos ou incultos cultos
em meio a amores Brutus,
amo tanto, tantas amo!
Já nem sei o que amarei logo mais.
Tudo tenta e atrai, discursos, desfiles,
catuques e batuques,
caducam o puro-novo que não é mais.

Por: Moisés Carneiro

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PÓS-MODERNIDADE

Ser ou não ser!
Eis a questão humanitária.
Ter e/ou não ser! Contradição
de uma pós-moderna navalha.
Cortes bisturis!
Desejos particionados e enlatados,
apelativos discursos e imagens atraentes.
Sedução! Angustiante e arrebatadora
da consumida mente produtiva,
seguidora pacata, raras vezes hostil,
porém, inconscientemente pronta e
submissa às inebriantes ordens atmosféricas.
Rico POBRE transviado mundo sem amor.
POR: Moisés Carneiro

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

IGUAL DESIGUAL

Nasce o homem! Depara-se com o ar,
quase puro e respirável,
convive com as Rosas e os espinhos
entre o céu e a Terra,
fecha a última página do livro
e deita-se sob o solo
do eterno berço esplêndido
da desigualdade atmosférica.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ASAS DE ÍCARO

Como soa bem a Liberdade!
Penas das asas
em versos trovados.
O gostar, o não gostar
o ser feio, o ser bonito,
o amor, o dissabor,
o prazer, o desprazer.
O nojo e o gozo com
a vontade de viver
mais o chorar por não morrer.
O amor com tanta dor ou
o mesmo com tanto ardor.
O abstrato no escrever
criar e sobreviver.

Por: Moisés Carneiro

terça-feira, 10 de agosto de 2010

VIVENDO E APRENDENDO

Quantos anos deve se ter
para o dominio de um leque expressivo de experiência vivida?
Se a cada momento nos deparamos com algo novo.
Se a cada momento o que tínhamos certeza,
torna-se dúvida e a dúvida uma certeza tão simples.
Por: MOISÉS CARNEIRO - 10/08/2010

INCRÉDULO

Estou aqui, mas não sei
se aqui é seguro.
Quero refugiar-me,
mas não sei onde,
não sei como.
Como e por onde?
Não acredito!
Eu não sei.
Por: Moisés Carneiro

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Margeando

Abro a janela, debruço-me e
Debato-me num rio sem margem,
imagino-me às margens das páginas
de um livro ou em posse de um papel
onde rabisco imagens, dou vida a um quadro
sem limitação emoldurável. Vou seguindo...
Entre lápis, dedos nas areias e pincéis,
escrevo, digito e pinto Menestréis
na busca da criação de um mundo maior e bem melhor pra nós.

Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

TEMPORAL

O Tempo! Cão de corrida,
velocista dos campos e corações,
Cão sem dono que vaga solto
no deserto denso da ampulheta,
sob o sentimento da mente cansada que,
apenas escuta-o sem escutá-lo e o vê sem enxergá-lo,
nas suas longas passadas pelas estradas
da escura noite clara que o guia.

Por: Moisés Carneiro

quinta-feira, 29 de julho de 2010

AMOR SUCUPIRA

Amei-a como imaculada fosse
desejei-a talqualmais que uma cabrocha desvairada
tanto fora o sentimencionismo doado da minha
condição humanitáriapaixonite aguda por tua inteligente mente, teus olhos expressionistamente penetrantes e sorriso cativacioso, seus volumosos cabelos,
extontetorneadas bundas e pernas, seus seios, frutos do pecado perdoabitavelmente deliciosos. Bela Vênus! Musa inspiradora de poemas prosas e versões adaptativas ao momentâneo espaço espacionalmente reservacionado pelo meu cérebro tão pensantitente em ti e em outros momentos em várias outras imaculadas Conceições, Marias, Joanas, Madalenas, Anas, Marianas, Isis, Tâmiris, Paulas e Paolas, loiras e crioulas,lindas e faceiras, sereias feiticeiras.



Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 26 de julho de 2010

PAZ NOS VERSOS

Como os versos estão quietos!
E, sob o crepúsculo, um sagrado manto,
uma criança sonhadora que, dormindo ou acordada
não degusta os dissabores desta complexa vida.
Neste momento, as Letras que, saem da vastidão do meu pensar,
constituem de grãos em grãos, finos grãos! O deserto do meu eu,
o tormento da minh'alma.
Penas mágicas, dedos nas areias, lápis, giz ou canetas. Corremos riscos!
Riscos que rabiscam areias das mãos em grãos, finas mãos! Transformam
minha paz interior, transportam-me ao tranquilo Ser.
Do espaço da noite que me apraz ao edén e às Rosas que me acalmam.
POR: MOISÉS CARNEIRO

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CRIADORES DE MUNDO

Quem diz que sonhos não se realizam
nunca usou o Coração,
o encanto, o canto e a magia das Palavras
como se estas fossem varinhas de condão.


Pirlimpimpim! Abracadabra! Faz de Conta! Zaluzejo!
Pela magia dos versos! Pela força do coração!
Vê-se então a maravilha dos contos de fadas. Essa fada, alegre e confortadora.

A visão de um verdadeiro Mundo Encantado
onde o esplendor, a esperança e a alegria contagiam as faces e os faces, invadem as almas, enquanto sorrisos espontâneos externam a criança intimamente existente em cada Ser.

Uma emoção inexplicável, alegria incontrolável, só por aceitar
as Fantasias, embarcadas em tapetes mágicos
guiados por pessoas que acreditam em seus sonhos.

Que maravilha! Magia e realidade, fundidas fazendo-nos sonhar
com os olhos bem abertos, levando-nos a viajar nas asas dos pássaros, ao som das notas musicais, sobrevoar castelos, desviar-se de dragões cuspidores de arco-íris, admirar nuvens em formas de Príncipes, cavaleiros e Princesas felizes em seus bosques flutuantes de algodão doce no céu de Brigadeiros.

Saltimbancos, malabaristas e bailarinas das florestas com
arvores-babás que embalam com cuidado, ninhos de passáros nos seus galhos.
Crianças seguras às crinas dos cavalos e dos unicórnios numa cavalgada pelos prados do mundo fantástico da imaginação.

E como um sonho perpétuo, a influenciar os homens,
aqueles que, através das Letras e dos seus corações de tintas,
rabiscam papéis e juntam mundos para criar um Mundo ideal,
o mundo da beleza e do amor, da literatura fantástica, da música e suas notas criativas, surgidas, tal qual um passe de mágica, das penas e canetas dos variados poetas confortadores de almas.

Sonhe e crie o seu mundo. Seja uma eterna criança ao sorrir.
Basta acreditar no seu coração, semear a paz e o amor. Cantar, dançar e sonhar para a magia acontecer e perdurar!
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SENSAÇÂO BANAL

Quando expus-me ao frio que queima a pele, chorei! Por ter o lençol aquecedor,
a jaqueta limpa e a meia aos pés, em seguida
veio a fome, saciei-a e tornei-me a chorar.
Saboreei um chocolate quente com biscoitos finos,
sentado num sofá confortável, admirando a TV,
o telejornalismo, cobertura sensacional dos fatos e atos,
e ao fundo despercebido,o homem e o seu jornal,
notícias do hoje! Papel de bunda do amanhã!
Lençol das ruas em noites friorentas
e posse figurada e letrada
de mais um decapitado ZÉ BANAL
sem a honra do vil metal.
Por:Moisés Carneiro

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CEGOS OLHOS AZUIS

Eles queriam florir o mundo apenas com Rosas brancas em sementes azuis,
esconder as Rosas Negras, pintá-las, até expô-las ao vitiligo total.
Pintar mentalmente as almas dessas lindas Rosas, fomentar a baixa auto-estima
na intencionalmente marginalizada cor do Ébano, mas, a Rosa Negra floriu em todos os cantos e classes dos campos sociais, sobreviveu à tentativa de clareamento das suas pétalas e Raízes por séculos, mesmo com a resistência dos desavisados pintores de almas. Eles não sabiam e até hoje não notam que, a Noite do fantástico e indizível, é uma Rosa Negra que Completa, embala sonhos, prosas e versos.
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 5 de julho de 2010

DELETE DE MANDO

Ô Pen! Tem um verme aqui querendo falar com Twitter
Qual o Nick da figura ô Kut?
É o Media.
Orra Kut! Esse cara fez o maior Pop upelão com a comu. Ele é tão verme que chega a ser Virús.
Que faço Pen?
Desconecta ele da ideia de ter acesso ao Twitter,
Twitter já o setenciou, joga na Face dele os Books, as revistas e os jornais que ele escreveu detonando o Twitter, criando uma Rede de intrigas contra nossa Comunidade.
Blza! Vc quer que eu Delete ele e jogue-o na Lixeira do bairro Note, Pen?
Ok! Vc compreendeu e Acc bem o E-mail de resolver essas pequenas coisas, e se For matar, mate-o antes de entrarem nas ruas do Note. Chega desses Vírus circulando em nossas redes comunitárias.
Demorou... é nós na Net!
Vá lá Kut! E radioatividade na tela sem Bugs, e Gigas na cintura pra transmitir e agilizar as paradas da globalização.
Por Moisés Carneiro

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PERCEPÇÕES

O bom de percebermos e questionarmos o mundo,
e não o imundo que nos oferecem como padrão,
é notar que, associar as estações psicológicas
às estações climáticas nada tem a ver,
pois esses momentos se encontram
e se cruzam aleatoriamente.
Como um dia disse um tal Fernando Pessoa:
"UM DIA de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem, cada um como é".
É só ver e admirar as peculiaridades e a alegria do sol e da chuva,
do homem e da mulher, do diferente como igual
na sua individualidade respeitada.
perceber que a vida é tão curta e não nossa,
que não se deve perder tempo com reparos de deslizes,
nem com lamentações, mas, aproveitar o tempo que ainda nos resta,
vivendo outros deslizes e alizes.
Por:Moisés Carneiro

terça-feira, 29 de junho de 2010

CHUVA SEM LENÇÓIS

Brincando e observando.
Molhadas faces laçam Saúvas,
tripulantes para navios,
papéis flutuantes nas costas do meio-fio
das calçadas que descalçam pés
de corredores desejosos por
contatos imediatos de intenso grau
com o santo barro encharcado.
Asfalto limpo, bem lavado
pela cachoeira vespertina,
Jorros das nascentes
de algodão-doce celestial
que apresentam formas mutantes
em dias ensolarados com céu
quase de Brigadeiros,
observados das relvas, verdes
colchões naturais dos piqueniques
e namoros, dos descansos das labutas
e travessuras adultas-infantos-juvenis.
Diante deste cenário, um quase imperceptível
grande exemplo, oferendado aos homens:
brotos de chuvas! Gotas e gotas caem unidas
para levantar astrais e milharais de grão em grão,
gotas que preparam solos para o florescer,
e abastecem bicas e corredeiras
para a alegria em brincadeiras
de Ser feliz, e viver!
Sem o proteccionismo aquecedor dos
variados lençóis contraditórios, censuradores,
políticos, religiosos e morais,
moral por capitais, que separam
seres humanos em cores, dotes e castas sociais.
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 28 de junho de 2010

PAIXÃOMETAMORFOSIKARLISTA

Hoje, eu sou ou não,
o que gostaria de ser,
mas ontem, não imaginaria
ser o que sou hoje
e nem sonho
No que posso desejar
amanhã ser, mas,
o que me importa
tudo isso?
Se o que quero mesmo
é viver isso e/ou aquilo
no momento propício,
da melhor maneira possível
e sentir o fluir natural
do prazer, sob a ótica
da Paixão e do desejo,
sentindo-me amada,
protegida e protetora.
Por: Moisés Carneiro

domingo, 27 de junho de 2010

INSTANTES NÃO CONSTANTES

Quando o anjo da asa torta
disse: vai ser gauche na vida Carlos!
tantos foram os que o seguiram
para serem livres o bastante
e felizes por instantes
nessa roda gigante
de estados oscilantes
permeada de vai e vem
sentimentais e poucas
vezes racionais.
Por que iria eu, receiar
e não gauchear?
Se tudo fica,
nada conosco vai!
E sei, bem sei,
ninguém é capaz
de eternamente deter
o que, ingenuamente acha capaz.
Por: Moisés Carneiro

quinta-feira, 24 de junho de 2010

LOUCURA DE ESCAPE

Loucos eu é, louco ele sou, louco nós foi,
louco são as locução.
E as regências da vida louca,
sanam as razões transloucadas
ao alcance da mente humanicômia.
Por: Moisés Carneiro

sexta-feira, 18 de junho de 2010

SARAMAGUEANDO EU CHORO


Hoje eu choro, e choro copiosamente, por que as mãos que, tão bem escreviam e embalavam meus sonhos por uma sociedade melhor, através de suas críticas sociais e desprezo ao capitalismo excludente e selvagem, cruzou os braços sobre o seu peito português, tal qual a Cruz de Malta, fechando o seu último capítulo do livro da vida, deixando uma lacuna gigantesca na literatura. O velhinho sábio e, às vezes erroneamente interpretado religiosamente, nos deixou apenas com aquilo que lembramos além da data de nascimento e óbito de alguém que parte, as suas reconhecidas e preciosas obras, que sempre admirei e li como se fossem relíquios pergaminhos filosóficos antigos e inspiradores, que me orientavam sobre o conhecimento do humano demasiado humano na sua complexa essência. Estou triste, muitíssimo triste, mas, conforto-me com a sua imortalidade LETRADA José Saramago. E sigo, Saramagueando, lendo e chorando.
Por: Moisés Carneiro

terça-feira, 15 de junho de 2010

CAOS E BELEZA

Começo, meio e fim estão entre o caos e a beleza
todo começo tem um fim no meio durável
a toria do caos para muitos é o fim
do que durou e não deu certo, mas como
não houve acerto? E o certo tempo que durou?
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Preservação

Toda a beleza natural apresenta-se ao alcance do Homem. O Homem precisa apenas, cuidar, usufruir e contemplar as Rosas naturais da melhor maneira possível.
Por: Moisés Carneiro
A CRIANÇA QUE CALOU A ONU

sábado, 5 de junho de 2010

CICLOS

O tempo é, sem dúvida alguma, o verdadeiro senhor dos anéis, pois ele é capaz de levar os dedos e deixar os anéis para ornamentarem outros dedos desta vida de ciclos renováveis.
Por: Moisés Carneiro

terça-feira, 1 de junho de 2010

A ESSÊNCIA PEGÁVEL


A vida em forma de onda, o trajeto de vida de um ser, onde há o início, sua continuação, ora por cima, ora por baixo, vivendo alegrias ou tristezas, os altos e os baixos da vida..e o FIM.. o ponto final..a onda que se quebra!! Pegadas diferentes ao decorrer, evolução do homem, evolução da vida. O diferente se expressa no individual, mas no ponto final, um mesmo fim para todos; desigualdade no decorrer, e no fim, o IGUAL. As pegadas nada mais são do que a vida pegável, as marcas de uma evolução.”
http://menteliteraria.blogspot.com/2007_09_01_archive.html

A ESSÊNCIA TRANSFORMACIONAL


A VIDA em forma de onda, o trajeto de vida de uma língua, onde há O INÍCIO, sua CONTINUAÇÃO, ora por cima, ora por baixo, vivenciando estudos e pesquisas, os altos e baixos da sua trajetória, sem FIM, sem ponto final, uma onda que se QUEBRA e se REFORMA! Pegadas diferentes ao decorrer, EVOLUÇÃO do HOMEM, evolução da LÍNGUA. O DIFERENTE se expressa no individual, mas na proposta apresentada, um mesmo fim para todos; transformações no decorrer, e no fim, O IGUAL DIFERENCIADO, porém COMPREENDIDO, da língua NATURAL. AS PEGADAS, nada mais são do que a LÍNGUA PEGÁVEL, GERADORA de outras línguas e as suas marcas de uma evolução TRANSFORMACIONAL.
Adaptado por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 24 de maio de 2010

ASAS CORTADAS

Liberdade é...ou talvez...quem sabe...humm...
Que serás mesmo esta tal Liberdade?

Por: Moisés Carneiro
O MITO DA CAVERNA

sábado, 22 de maio de 2010

SACIEDADE MOMENTÂNEA

Por que mesmo sem viver o que gostariamos,
sentimos sensações que nunca
imaginariamos senti? E por instantes,
o que desejavamos, não é nada mais do que a poeira
nos lagos, e as brisas que acariciam os nossos rostos
ao navegarmos em tão puras águas, são apenas toalhas
naturais que enxugam as molhadas
faces ruborizadas e por instantes saciadas.
Como eu gostaria de...
Por: Moisés Carneiro

domingo, 16 de maio de 2010

PÉTALAS RENOVADAS

O SOPRO DIVINO TROUXE-A PARA MIM
NO INÍCIO UM CALAFRIO INEXPRESSIVO
NÃO SABIA QUE IRIAS TORNAR-SE ALGO
QUE ME ACOMPANHASSE
ATÉ QUE ROSAS CRESCERAM NO MEU PEITO
ENRAIZARAM-SE NO MEU CORPO, INVADIRAM SEM
LICENÇA A MINHA ALMA E EXPRESSARAM EM FORMA DE
MUDANÇAS DE HÁBITOS TODO O MEU SENTIMENTO POR TI
FALAVAM POR MIM, CRESCIAM EM CAMPOS ABERTOS PARA
TODOS OS DELEITES, MAS...AS ROSAS TEM SUAS PRIMAVERAS,
E SUAS PÉTALAS,
DESEJOS E NECESSIDADES DE RENOVAÇÃO...

POR:MOISÉS CARNEIRO

sábado, 15 de maio de 2010

ELOS

COMO É INSUPORTÁVEL A DISTÂNCIA DOS ELOS
E INTENSO O DESEJO DOS TOQUES
QUE ESQUECIDOS FORAM NA SEARA.
OU APAGADOS FORAM NA COLHEITA?
DIGA QUE NÃO ESCREVO AO VÁCUO
OU NADA É O QUE SERÁ DO ELO PERAMBULANTE AO ÓCIO
DO ESPAÇO.
POR:MOISÉS CARNEIRO

terça-feira, 11 de maio de 2010

SONHAR SEM SONO

Sono de quem tem, sonhos de quem falta o sono para pô-los em prática. Sonham acordados os não possuidores do privlégio do sono, escrevem anseios, aqueles que buscam desejos e cores nas palavras tão sonhadas, emocionalmente e/ou racionalmente grafadas.
Por: Moisés Carneiro

sábado, 8 de maio de 2010

SORRISO ANÍMICO - Que mané LULA rapá! O cara é o meu amigo Sorriso, Sorriso do comercio, Salvador - BA


Num atencioso dia, deparei-me com um raro sorriso no histórico bairro do Comércio, que numa época áurea, teria sido um dos principais centros financeiros da cidade de todos os santos, ritmos e encantos, chamada São Salvador, terra do nosso Senhor do Bonfim dos nobres e excluídos, capital da Bahia, paixão do grande e talvez o maior estadista e polêmico político brasileiro Antônio Carlos Magalhães que, diga-se de passagem, foi um freqüentador assíduo da cidade baixa, ora nas reuniões políticas e econômicas na Associação Comercial da Bahia, ora nos cortejos da tradicional lavagem do Bonfim ou em suas visitas ao excêntrico Mercado Modelo em suas campanhas e/ou administração política. E neste mesmo dia, através desta luneta atenta, eu pude notar também que, atualmente, o bairro do Comércio passa por um processo de revitalização, com campanhas para buscar ajuda dos órgãos públicos, empresas e empreendedores diversos numa tentativa de resgatar um pouco dos momentos áureos outrora vividos pelo bairro, através das reformas de prédios históricos e da implantação de diversas faculdades, cyber-cafés, financeiras, escritórios, lojas e, felizmente, contando ainda com a sua graciosidade arquitetônica, a freqüência e o convívio de figuras ilustres para facilitar a consagração de tal objetivo.
Mas, não posso negar que ao falar de revitalização,eu sinto uma tristeza angustiante, pois percebo a ausência do sentimento puro, do humanismo em nossa sociedade, e logo, noto a necessidade de resgate da solidariedade humana e do respeito ao próximo, mas, como o ditado popular prega que a esperança é a ultima que morre, eu encontrei uma raridade de pessoa em meio a essa correria contemporânea, e a essa globalização de tendências e informações que atropelam a sociedade, devido à rapidez com que as coisas acontecem e confundem as memórias de quem não está acostumado com esses bombardeios de informações, deformações e/ou renovações culturais, que por sua vez, culmina em tornar os homens incapazes de administrarem tantas novidades e de observarem as mazelas sociais ao seu redor. E graças a essa chama esperançosa que trago acesa em meus pensamentos positivos, eu pude perceber despercebidamente, ou diria, naturalmente, que é a forma como todas as coisas boas e puras acontecem, por que como é do conhecimento da sociedade, na convivência humana, só os fatos negativos são percebidos e dotados de atenções privilegiadas por todos os meios de comunicação, partindo do boca a boca até as poderosas mídias televisivas e manipuladoras de massas, onde o bem cai no ostracismo por não vender noticias e também por não criar polêmicas nos ônibus na hora do “rush”, “você viu o juiz corrupto daquele esquema? Que vergonha! E o caso da menina seqüestrada? Que tragédia e que papelão daqueles despreparados, acho que foram eles que mataram a pobre menina, e aquele traficante de treze anos que mataram na baixada? Ainda bem, é menos um bicho no nosso convívio social". Pois é... é a nossa sociedade preconceituosa e capaz da arte do julgar.
Mas, voltando ao que eu pude perceber em meio a tudo isso, que foi algo que passaria como a fluidez da água corrente da chuva, descendo os morros da cidade, alheia a nossa atenção, salvo, quando nessa passagem, a enxurrada venha a causar uma tragédia, um fato negativo como o arrasto de um barraco, assim denominado por alguns, erroneamente, por que o que eles chamam de barraco é nada mais nada menos que o patrimônio total material de muitas famílias, recheado com riquezas espirituais atreladas às lembranças que são arrastadas junto aos destroços, como a primeira palavra pronunciada pelo bebê no chão de cimento cru ou ainda de barro batido, as brigas e reconciliações familiares, as primaveras festejadas com tubaínas e sucos, cervejadas e churrascadas, como as lembranças das noites perdidas com o choro da criança com febre ou da filha que perdeu o namorado para a amiga ou para a própria irmã, a reunião dominical e religiosa na pequena e polivalente sala de estar (de deitar, de comer...), os churrascos com os amigos nos quintais discutindo o próximo mutirão, tentando melhorar a qualidade do acesso local ou para construir a popular lage daquele vizinho que necessita de ajuda para tal.
Eu poderia ficar alheio também, como já tinha citado antes, a essa outra figura ilustre do Comércio, não tão rica financeiramente e nem de poder como o ACM, mas sim, rica com um dos sorrisos mais belos que acredito ter tido o imensurável prazer de conhecer, um sorriso com uma pureza de alma e simpatia jamais vistas, uma pintura de sorriso que, ironicamente possui setenta por cento de sua estética dentária ausente e os trinta por cento que ainda lhes resta comprometidos por cáries, tártaros e pela gengivite, mas todos aqueles que conheceram e tiveram o privilegio de compartilhar momentos com este sorriso, também puderam transcender da matéria para o intimo da alma sorridente e alegre, sem tormentas capazes de externar e dividir com os outros suas angustias e frustrações que, sinceramente, acredito eu, não existirem para ele tormentas, por que tamanha é a sua disposição sorridente e prestativa, capaz de atender a um pedido mesmo que para isso deixe para depois ou até descarte algo que poderia ser proveitoso para si no momento da solicitação de terceiros, conhecendo-os ou não.
Digo isso como espectador e admirador desse encanto de sorriso que me ensina cada vez mais a ser humano e aluno compenetrado e curioso na expectativa da próxima lição a ser ministrada pelo mestre, e eu posso intitular este sorriso de mestre, por que em relação à sabedoria de vida, respeito, alto astral e solidariedade humana (que para mim é o sentimento mais puro do homem, pois este sim é visível e mais difícil de ser manipulado pelo sistema homem capitalista programado), qualidades estas, notadamente em extinção na atormentada e complexa raça humana.
Este sorriso desfalcados de seus molares, pré-molares e caninos, compostos por alguns cacos e gengivas inflamadas que passa o seu dia a dia na aventura de conseguir o sustento da família, dignamente, lavando e guardando carros, fazendo serviços de Office-boy, enfrentando filas de bancos e lotéricas, sendo cavalheiro, levando as pessoas, principalmente as meninas, aos pontos de ônibus ou aos seus carros em dias de chuva, sob a proteção do seu grande guarda-chuva, sendo às vezes injustiçado pela deficiência humana da generalização, do preconceito e da incompreensão, lesado pelos colegas gananciosos. E assim mesmo perdoando-os por tais injustiças e maus tratos.
Perambulante e cativante sorriso que anda quilômetros diários carregando dois baldes cheios com água para a labuta de suas lavagens, figura que transita do Moinho Salvador ao Mercado Modelo, diariamente após sair de casa e caminhar do consciente Negro e histórico bairro da Liberdade até o prédio do Instituto do Cacau no Comércio, esbanjando sorriso e simpatia por onde passa, para então, dá inicio a sua jornada diária de trabalho das 7:00 as 19:00 horas, trazendo inveja a muitos jovens, já que sua faixa etária varia entre os sessenta e os setenta anos, demonstrando alegria e disposição, mesmo possuindo uma enorme bagagem de sofrimentos e desventuras disponibilizados pelo destino a todo ser humano, a sua beleza transmite muita paz, e quando eu falo de beleza, refiro-me a representação da pureza da alma que continua sendo refletida através do seu sorriso, e que belo sorriso tem esta figura ilustre e humana, conhecida no Comércio maestrinamente como SORRISO.

Por: Moisés Carneiro, em homenagem a um exemplo humano, tão raro nos dias pós- modernos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

REPASSE

Quando falaram, eu escutei o que eu queria que tivessem
pronunciado e não o que realmente gracejaram.
Sorte minha ter a capacidade de filtrar informações, repassá-las
e torná-las suaves e confortáveis aos ouvidos humanos e desumanos.
Por: Moisés Carneiro

sábado, 1 de maio de 2010

NO VÁCUO

Como e onde encontrar um desertor
do espaço outrora preenchido?
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 26 de abril de 2010

MUNDOS E EMOÇÕES

Busco, então logo existo, existo, então logo questiono-me,
questiono-me, pois tenho dúvidas, dúvidas exigem respostas,
respostas são as coisas mais procuradas,
sendo mais procuradas, tornam-se, sem dúvida, nos mais complicados
achados, procurar respostas é pior que perdê-las, mas, já que alguns perdem
o que acham ser um grande achado, descomplico-me desses achados
e perco-me no abandono das buscas, passo a ser buscado,
no rebuscado mundo das palavras. Palavras que levam-me a viajar no
tempo sem sincronia, no tempo dos prazeres sem limitações, expondo-me
às emoções mais intensas, às libertinagens mais loucas e entorpecentes, transferindo-as para o mundo das razões, quando possível for, para revivê-las
da maneira mais poética possível, para ter a sensação de não saber se estou
no mundo das grafadas palavras rebuscadas ou no das palavras faladas. Mas certamente, nas emoções sentidas através das Letras e/ou momentos gozados nesta emprestada vida.
Por: Moisés Carneiro

domingo, 25 de abril de 2010

DISFARÇADA PAIXÃO

Estarei mentindo ao dizer que não machuca-me a falta, sangra-me todos os poros, falta-me o respirar, sufoca-me o lembrar, tortura-me o te lembrar.
Falta-me o teu cheiro, falta-me a tua real presença, a tua voz, o teu olhar juvenil, o teu amor, o teu acordar, o namorar. Oh! Velha infância.
Por: Moisés Carneiro

terça-feira, 20 de abril de 2010

COQUETEL DE IDÉIAS E IMAGENS

Os Campos, o Sol, a Lua, o sofá, o sofá-cama, A mesa e a Bunda engraçada de Drummond, a boca do inferno de Gregório de Matos, a História antiga de Francisco Alvim, O casamento com Licença poética de Adélia Prado, os Bons amigos de Machado, o legado de nossas misérias nas memórias póstumas de Cubas e o LUXO de Augusto de Campos, as Rosas de Vinicius, o mundo completo no sonho poético de Ferreira Gullar, a cegueira sob o olhar de Saramago, o Motivo da rosa de Meireles, os Mares e as conquistas, as janelas como portas, o paço com seus passos cadenciados, os mosteiros e seus mistérios, o espaço, o conto, o Canto, o metafísico, o cataclístico, o escatológico, o marginal, o humorístico, o Épico, as poesias Concretas, as PROESIAS subjectas, as proezas intelectuais e o seu burlar cafajéstico, o homem legionário, o ilusório só, o platônico, o amado amante, a incompreendida, o machista e suas feministas e retraídas companheiras, o pré-conceito, a sexualidade complexa, a raça sob o grito da pele da negra fulô de Jorge de Lima. Essa Negra Fulô! As lágrimas do portal das almas, o sofrimento espiritual dos desalmados de Castro Alves, a política, a economia, o esbanjar sem manjar e sem deuses, a prole e o nobre, a ironia e a alegria crítica, o social, o relacional, Freud, psique sem piscar, a mente e o humano, o filosófico Foucault e os movimentos franceses, Shakeaspeare, o sem paixão e o apaixonado, Marx, Pessoa social e o por quê, Camões da África teatral de Machado e o mar a ter, Zaratrusta o tudo a ser, o nada a perceber,o demasiado humano, o tudo a ter e o vácuo, o leque infinito de imagens, o meio, o fim e o inicio, ordem, desordem, progresso, métricas, rimas, desajustes e ajustes da Semana de 22 em Modernas Artes patrióticas, o abaixo para se entender acima de tudo, o feio belo, a beleza maldita, a Literatura de Cordel, o literato, o poeta, as Letras, as emoções, as Letras, oh! As Letras e suas imagens, que expressivo Coquetel.
Por: Moisés Carneiro

quarta-feira, 14 de abril de 2010

INTERAÇÃO ANÍMICA

A magia de um livro se dá pela alma criativa do autor expressa em suas obras, através de seus personagens, seus pensamentos, suas prosas e versos, que conseguem interagir com a alma receptiva e acolhedora dos leitores, amantes e não amantes das Letras, ao se identificarem com tais narrativas numa cumplicidade animada ou até mesmo numa crítica formulada.
Por: Moisés Carneiro

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cover do não eu

COVER DO NÃO EU
A Literatura nos ensina a escapar da alienação do falso belo, da ilusória importância material e dos ditos valores, convencionais ou não. Mas, também aliena. Cuidado! Você é você, Amado é Amado, Lispector é Lispector, Saramago é Saramago,Espanca é Espanca, Machado é Machado, Pessoa é Pessoa, personagens são personagens, mas, você sempre será você, mesmo nos momentos de suas fragmentações e reflexões, você é você com suas legiões.
Por: Moisés Carneiro

sábado, 10 de abril de 2010

CURIOSIDADE MÓRBIDA

Engraçado... estava eu cá com meus botões de carne e osso, naquela busca por alternativas, que é intrínseca ao homem, por opções para o amanhã, para o logo mais, ou sobre o que iria comer, vesti ou fazer após a dura jornada de trabalho de todo proletariado assim como eu, quando num piscar de olhos, para ser mais enfático, numa velocidade luz, cai um raio ao meu lado, como se num estalo, uma idéia surgisse naquele instante à janela do ônibus, e diante daqueles passageiros assombrados com tal poder da Mãe Natureza, quisesse me dizer algo, mesmo que subjetivamente, mas algo,e tomado por um transe relâmpago, tive o desejo que aquele, ou se possível, outro raio, tivesse invadido janela adentro e sentado ao meu lado fazendo-me companhia, e quem sabe,tornando-me capaz de matar a minha curiosidade sobre o outro e tão temido mundo dos mortais literalmente mortos, fechando a capa do meu histórico livro para uma suposta continuação pós vida e Morte talvez Severina ou quiçá divina, mas, como se consciensiosamente, rebatado fosse, por outro e mais reluzente raio, o da razão, agradeço aos céus, por achar saber, que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar e suspiro aliviado por isto. Que farei mesmo após a minha jornada de trabalho?

domingo, 4 de abril de 2010

NOSSOS OU MEUS

A noite cai, clareia e ilumina a alegria e a
inspiração de um desejo, que conforte, que acolha.
Que temos contra os sonhos?
por que ao acordar, ilusão, desilusão, agonia
de um devaneio? que, ao que parece, capciava pensamentos e
sufocava outros sonhos? E que são ou foram meus, nossos.
Ainda que não reais, mas nossos... ou meus. Mas que ofuscaram,
ofuscaram e transformaram em algo fascinante, talvez decepcionante.
Ou quem sabe em nada mais que o óbvio.
Ou subjetivo...
Por: Moisés Carneiro.
Dizem que o Homem intelectualizado
é um caniço pensante, pois é,
acredito que o Homem, seja sim,
um ser errante, carente,uma errata
que precisa ser corrigida a cada passo,
a cada fase de sua vida.

LETRAS SENSUAIS

É incrível! Como alguns escritores conseguem? Dá vida
às personagens femininas em suas obras e torná-las
tão sensuais e desejosas, sem vulgarizar o encanto
e a essência da Mulher.
Por: Moisés Carneiro

segunda-feira, 29 de março de 2010

Andarilhos urbanos

O apressado andarilho errante segue sua vida
sem reais emoções e sentimentos intensos
correndo de um lado para o outro numa arritmia incontrolável
sedento por posses e prazeres passageiros e oportunos
sem vírgulas sem pontos sem pausas e detendo uma estressante batalha mental
Mas diz que anda em busca da satisfação do completo e complexo material conhecimento
isso mesmo quando na verdade não se permite ter um tempo para refletir
sobre a sua intrínseca real condição humana limitada e patética
naturalmente imposta por outro sistema soberano
O Mundo testemunha das ações humanas
que o cerca com belezas naturais que nem sequer são notadas
pelo pobre andarilho de espírito impaciente devido a cadência alucinante
imposta pela sua angustia e pelo pós-modernismo com suas raizes urbanas e capitalistas.

Para que a pressa atleta dos metros rasos?
Para não poder sentir o fluir da vida natural e nem a essência das pessoas?
Pobre andarilho... desgasta-se para ter esquece-se do ser e vive na lamentação do por quê...
no imenso deserto do seu Eu.
Por: Moisés Carneiro -

quinta-feira, 25 de março de 2010

O GRITO

Ah... se eu pudesse recitar um poema
capaz de alcançar a audição e o coração de toda a humanidade,
diria simplesmente, através de uma música, quão profundas e belas são as PALAVRAS.
Leiam, escrevam, pintem muros, rabisquem dedos nas areias, sinalizem, Braillem e escutem-nas.
O que seria do MUNDO... se fôssemos seres APALAVREADOS?
Por: Moisés Carneiro

quarta-feira, 24 de março de 2010

LITERATO PODER

A Literatura nos ensina a escapar da alienação do falso belo, da ilusória importância, dos ditos valores, cria as possíveis sensações de Liberdade, momentâneas completudes e nos ajuda a suportar a dura realidade, enquanto aguardamos ansiosos por uma história social mais humana e solidária.
Moisés Carneiro.

domingo, 21 de março de 2010

O veleiro

Quanto sentimento, quanta alegria
no mar se navega, quando se para
no tempo do veleiro amor,
verdejam-se os campos
flores e rosas liberam
perfumes e cores,
vulcão e arco-íris de pura emoção.
Coordenadas em mudanças
mares se agitam e
neste navio embarcam
progresso e ambição
asas libertas fundem-se ao coração
que agora em águas estranhas
veleja e sonha por ter, possuir
coisas e/ou pessoas.
Não basta-lhes mais o ser!
E para trás fica
o porto que um dia
já foi verão e que hoje
em maré baixa, sob névoas,
ver o navio partindo
fazendo olhares de horizonte
ao porto suplicante
por novos risos e alegrias,porém,
possíveis futuros velejantes.
E o intenso mar, segue com seu
histórico testemunho de
derrotas e conquistas, como
o fez, nas águas do
Cabo da Boa Esperança.

terça-feira, 9 de março de 2010

O Ser Palavras

Palavras: rosas e espinhos
que nos levam a reflexão
Atitude: decisão na falta das palavras
Medo: ausência das palavras e da atitude
Carência: fragilidade por não achar palavras
Indecisão: palavras engasgadas
Ser humano: palavra incompleta e complexa
Paixão retraída: sofrimento sem palavras
Dor: falta da palavra que cura
Carícia: palavras sussurradas
Carinho: palavras que confortam
Amor: palavra abstrata
Moisés Carneiro

quarta-feira, 3 de março de 2010

APAGÃO

A TARDE CHEGOU TARDE
MAS CHEGOU, AGORA
SÓ NOS RESTA A NOITE
COMO PRELÚDIO
DE UM NOVO DIA.

A NOITE CHEGOU ESCURA
PORÉM, A LUA CLAREOU
O ANUNCIO DO AMANHÃ
PRELÚDIO DO POENTE
DE UM MERO DIA.

O POENTE CHEGOU
ILUMINAÇÃO DO ESPELHO D'AGUA
TAPETE REFLEXIVO
DO AZUL CELESTE
FIM DA LUZ DO DIA.
POR: MOISÉS CARNEIRO

segunda-feira, 1 de março de 2010

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há arvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Por: Fernando Pessoa

Sentimentos curtos ocultos.

Tristeza, Felicidade
ninguém é capaz de
estipular o seu prazo de
imperialidade ou de validade
Mas, também ninguém deve submeter-se
a euforia da alegria
nem tão pouco à
melancolia da tristeza
se não acaba-se esticando o
irônico e inexistente prazo
destas estações psicológicas
e se perdendo no espaço
mental do ócio da
alegria e da penúria.
Por: Moisés Carneiro

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Paixões

Uma ternura
uma desilusão
um reencontro
uma esperança
recomeço
uma turbulência
outro desfecho
uma esperança
retomada
rotatividade
repetição
trajetória
carrossel
vida vã
jornal de hoje
noticias do amanhã.
Moisés Carneiro

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

UM DIA de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem, cada um como é.
Por: Fernando Pessoa
Nunca sei como é que se pode achar um poente triste.
Só se é por um poente não ser uma madrugada.
Mas se ele é um poente, como é que ele havia de ser uma madrugada?
Por: Fernando Pessoa.


Toda a beleza natural apresenta-se ao alcance do Homem. O Homem precisa apenas, usufruir e contemplar as Rosas naturais da melhor maneira possível.
Por: Moisés carneiro

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


A fotografia diz sem falar - O Mar, o Sol e a Lua são algumas das Belas obras de Deus. E o homem, como todo filho de peixe mencionado no popular ditado, herda do pai o dom de criar e viaja nas asas do fruto da sua imaginação criativa, através da aeronave dos Santos Dos Montes de idéias dos referidos Santos Dumont.
Moisés Carneiro

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

VIRADA ESPERANÇOSA

Ano novo, nova expectativa
do trigésimo primeiro ao primeiro dia
numa contagem regressiva com o
imenso poder psicológico de restauração
da esperança do homem em ser digno
de confiança do seu semelhante.
E o segundo dia chega e logo vem os
trezentos e sessenta e três restantes,
e o homem, já desesperançoso da credibilidade
humana, realimenta o seu tanque resignador
com a esperança na expectativa da próxima grande virada
e recomeça tudo.
Recomeçar, realmente é viver.
Viva o poder psicológico, social e resignador
da grande virada.