quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ESCRIVANÇA


Sentado e escrito, vejo-me em rabiscos
traços finos, em negritos... novamente finos,
outros granfinos, trapos, sedas e farrapos...
orquestras de canários e sapos
sol encoberto, lua ensolarada, céu aberto...
peito em retrocesso, às vezes sucesso.
Portas semicerradas, janelas sempre abertas,
místicas e  indiscretas, frestas em alerta.
Alegrias e tormentas,escrevinham a minha deixa...
"Meus lápis de cor são só meus."
deixem-me com o leme do meu lápis! Pena trapaceira e parceira!
Com minha criança feliz em idosas zangas,
pousos, altares, vôos em clarividências rasantes.
Cabeceira branda de minha escrivança!
Bastam os meus lápis e próprias janelas,
visões, fantasmas e névoas alheias, sigam em suas bravatas de quimeras.
Olhai as horas, orai por elas... sem ventos, rumos e velas.
Por: Moisés Carneiro - 12/12/2012