domingo, 20 de dezembro de 2009

Naturezas

Um dia de sol
representa a felicidade
uma manhã chuvosa
representa para muitos, um dia triste.
Mas a felicidade não depende da natureza
em suas estações variadas e sim da
natureza psicológica humana
Um dia de sol é um dia de sol
uma manhã chuvosa é uma manhã chuvosa
a natureza e o humano é que se cruzam
em momentos imprevisíveis.
Moisés Carneiro

sábado, 19 de dezembro de 2009

Legião humana

Agora eu sou o herói.
Agora não sou mais.
Agora sou vilão, sou também o capataz.
Agora sou o playboy e também raposa velha,
agora sou o que sou, agora não sou mais.
Agora eu escrevo e registro o que penso.
Agora eu penso mas não tenho a caneta que registra.
Registra-se o tempo, a tristeza e o acalento,
registra-se o filho e o nascimento.
Musicado, as vezes ficam, a alegria, a tormenta e o sofrimento
nos poemas que invadem, sem a licença devida,
nossas almas de momentos.
Moisés Carneiro

Ser o que Ser

Queria Ser o que o Ser queria Ser,
mas sou o que o Ser é:
limitado, complexo e sonhador.
Moisés Carneiro

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sonhos em pesadelos.

Encontrei-me num lugar
onde os brasileiros negros eram NEGROS
os BRANCOS eram Brancos,
os índios ainda eram ÍNDIOS
e o nosso futebol era uma LITERATURA
com traves de cordel e seus jogadores
usavam óculos e liam cordéis no banco de reservas.
A África saudável, Os Estados unidos
chamavam-se Arco Íris Unidos,
o Hitler era um Judeu fervoroso com sua Alemanha pacifista,
Hiroxima era realmente uma ROSA,
a Grécia e a Roma Antiga tão novas
quanto a tecnologia da informação,
as rainhas francesas e inglesas eram plebéias
com ideais anti-monárquicos,
os extremistas religiosos eram amantes da vontade divina, só divina,
e o mundo, este não precisava
fundir mundos para criar
um imaginável terceiro mundo suportável.

Por:Moisés Carneiro

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TEIMOSIA

Hoje não é um bom dia para escrever, não sei o motivo, mas algo me diz que eu não devo escrever agora, e eu não vou contrariar a minha intuição. Se não é um bom dia, eu não escrevo, e se eu não consigo escrever, com certeza este não é um bom dia, por isso não escrevo e ponto final.

IMAGEM VERSOS IMAGEM

Eu gritei, mas ninguém ouviu ou eu não ouvi o que eu gritei? Será que ninguém quis escutar o
que penso eu ter gritado ou com certeza sonorizado? Serás a "metamorfose" Kafkaniana? Não estou me ouvindo, será que os outros falam muito alto neste momento? Ei surdo! Você ai de costas! Mas surdo não ouve, que insensatez ensurdecedora, eu acho que acabei de ficar mudo ou mudo já era quando tentei gritar. Mas que ignorância a minha, o rotulado mudo, erroneamente, por sinal, também fala e é entendido através dos seus sinais Libráticos. Já sei! Agora falarei eu, cá com as minhas mãos. Que balé mímico elas fazem agora, mas ninguém observa os movimentos das calejadas mãos, será que acabaram por cegarem? Creio que não, eles desviaram-se daqueles obstáculos com muita desenvoltura, será que minhas mãos não estão apresentáveis? Colocarei luvas com o brilho das cores do arco-íris. Ah! Agora apresento um show manuseado em cores, várias e lindas cores, mas, será que ninguém se interessa pelo balé colorido que eu apresento com as minhas mãos artísticas? Por que será? Elas agora estão bem vestidas e se mostrando com galhardia, já sei! Vou trocar as mãos por palavras aos muros. Não! Não é pichação, é tentativa de comunicação, é arte. Escrevo nos muros agora. Olha lá! Eles encostam, sentam nos muros, mas não lêem, ei, você ai! Não mija nas letras não. Que cão danado... acabou de morder o tornozelo do regador de muro, eu acho que o cão fez a leitura, talvez do meu pensamento ou do mundo à sua volta. Será que o vira-lata leu e entendeu a mensagem? Afirme quem puder, são tantos os mistérios entre o céu e a terra, e o purgatório também! Não devemos esquecê-lo, pois dizem que é lá que se expurga o peso da alma pecaminosa. Que faço agora? Tento cartazes ou imagens? O cartaz robusto de rocha ninguém leu, ninguém notou, imagina o reciclável de cartolina. Vou usar a força da imagem poética;

Ouçam as vozes que, grafadas falam mais do que as fonológicas
as vozes pronunciadas no escuro momento reflexivo.
As vozes das Letras que alimentam
o imaginário e o inimaginável fantástico.


Não adiantou nada, ninguém presta atenção, pobre riquíssima imagem poética, passou despercebida. Que é aquilo? Que movimentos, que vida, que pobre riqueza de imagens, todos atentos e encantados com o diálogo apelativo. Não acredito! Eles pararam o que estavam fazendo para apreciar, olha aquele indivíduo! Acabou desistindo de beijar a namorada, o outro sentou-se na calçada diante da tal caixa, que espetáculo, agora parece que todos eles escutam e enxergam, eles notam a presença comunicativa, como não pensei nisto antes! Na IMAGEM, na imagem nem um pouco poética, mas imagem.
Moisés Carneiro - 15/12/2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

VIDA PENSADA

A VIDA PASSA LENTAMENTE
SE O MEU RACIOCÍNIO FOR LENTO.
A VIDA DESESPERADAMENTE PASSA
SE O MEU PENSAMENTO FRACASSA.
A VIDA RESUME-SE A UM ESPAÇO
SE O MEU PENSAMENTO LIMITA-SE AO
QUE A SOCIEDADE ME OFERECE.
A VIDA SERÁ UM ETERNO ÓCIO
SE O MEU PENSAMENTO NÃO PRODUZIR.
A VIDA DEIXA DE SER UM APRENDIZADO
SE O MEU PENSAMENTO NÃO QUESTIONAR.
A VIDA SERÁ INSIGNIFICANTE
SE O MEU PENSAMENTO NÃO LHES DER UM SIGNIFICADO.
A VIDA SERÁ DURA
SE O MEU PENSAMENTO FOR FRAGILIZADO.
A VIDA DEIXA DE SER VIDA
SE EU DEIXAR DE PENSAR.
Moisés Carneiro

sábado, 5 de dezembro de 2009

IMPORTANTE EU SOU

O homem é estúpido ao pensar ser tão importante
ao morrer deixa duas lembranças, a data de nascimento
e por algum tempo a data de óbito
ou uma terceira, quando deixa alguma obra para associarem
a ele. Esta sim tem importância e mais nada.
Fútil importância humana aos faróis humanos.
Moisés Carneiro

PENSANDO VER SEM PENSAR

Até quando lutaremos por guerras que não nos dizem respeito ou despeito? Guerras de interesses políticos, guerras pelo poder econômico concentrado nas mãos dos que não vão para a linha de frente das batalhas e só fomentam a guerra para que os menos esclarecidos matem o direito de quem nunca lhes fez nada, simplesmente por um suposto amor a um símbolo patriótico ou idiótico. O amor manipulado por Tolos lideres de torcidas organizadas, por ideais partidários escusos ou macabros lideres religiosos a serviço dos concentradores do poder econômico internacional que criam extremistas para matarem em nome da fé. Até quando seremos marionetes pensantes sem pensar, sem ver o que temos a enxergar? Quem apagou a luz?
Moisés Carneiro

O DEMASIADO QUERER

Dizem que a vida não tem sentido
que ela passa com a mesma rapidez
do murchar das rosas e desliza em seus braços temporais
todas as nossas angústias, tristezas e felicidades
sem ao menos embalar o nosso desejar intenso
por satisfação e pleno gozo.
Mas que sentido tem a vida
que não nos dá o acalento
de viver o tempo e a forma necessários
ao completo prazer?
Moisés Carneiro

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SIMPLES É SER

Amem-se e curtam-se, sem preocupação, sem preconceitos, sem sentimentos de culpa,
sem o constante medo de ser infeliz, pois o que importa é o ser feliz, nem que seja por instantes, um instante feliz fala mais alto do que uma década de tristeza, por mais que a tristeza marque, a lembrança do momento de felicidade ajuda o ser a superar, mesmo que seja por alguns segundos, o seu dilema tristonho. Esta transição do amadurecimento, trazida pelo sofrimento que nos amadurece, mas nos entristece, é intrínseca ao ser humano, mas não deve superar o ser feliz.
Ser feliz é ser indiferente a infelicidade por mais que ela nos rodeie e nos perturbe. A infelicidade marca a alma e amadurece o espírito, a felicidade ampara o ser nesta constante metamorfose sentimental e psicológica. Faço felizes os momentos, que pensava eu, serem insignificantes, buscando no meu intimo as reuniões com amigos, o beijo roubado da namorada, da eterna namorada, não importa se forem casados, busco nas peladas futebolísticas e mulherísticas, nos gritos sentado à gangorra no fundo do quintal, no eureca ao construir mais um carrinho de rolimã , um fliperama de caixote ou um fura pé, na leitura do bom livro que alimenta o imaginário e faz refletir, nas farras noturnas de embriaguês e bate papos no mundo redondo da mesa de bar, nos conselhos do PAI e no Deus te acompanhe da MÃE, eternos guardiões e suportes da felicidade dos filhos, busco nas brigas com as irmãs ciumentas por atenções, na escalada das arvores nos quintais da vizinhança em busca do fruto proibido, porém, emprestado pela sábia mãe natureza, que se responsabilizava por suprir os frutos roubados com tanto prazer pelo delinquente compreendido por tal prazeroso delito, na corrida noturna com o cachorro, sendo donos da rua deserta, porém vigiada pela fascinante lua e pelas luas dos olhos das janelas indiscretas, na pura alegria da companhia de meu cachorro Jhow e melhor amigo do homem, que graças a sabedoria divina não sabia o sujo valor do dinheiro, mas sabia como nenhum ser, reconhecer muito bem o valor de um afago ou de um simples gesto de carinho ao dizer não com o rabo quando na verdade se dizia sim, nas coisas mais simples, ricas e bobas da vida, que passariam despercebidas aos olhos de quem não vê nestes momentos simplórios, o alicerce de todas as estações psicológicas que permeiam as múltiplas fases da vida de todos os seres.
Por: Moisés Carneiro