segunda-feira, 24 de maio de 2010

ASAS CORTADAS

Liberdade é...ou talvez...quem sabe...humm...
Que serás mesmo esta tal Liberdade?

Por: Moisés Carneiro
O MITO DA CAVERNA

sábado, 22 de maio de 2010

SACIEDADE MOMENTÂNEA

Por que mesmo sem viver o que gostariamos,
sentimos sensações que nunca
imaginariamos senti? E por instantes,
o que desejavamos, não é nada mais do que a poeira
nos lagos, e as brisas que acariciam os nossos rostos
ao navegarmos em tão puras águas, são apenas toalhas
naturais que enxugam as molhadas
faces ruborizadas e por instantes saciadas.
Como eu gostaria de...
Por: Moisés Carneiro

domingo, 16 de maio de 2010

PÉTALAS RENOVADAS

O SOPRO DIVINO TROUXE-A PARA MIM
NO INÍCIO UM CALAFRIO INEXPRESSIVO
NÃO SABIA QUE IRIAS TORNAR-SE ALGO
QUE ME ACOMPANHASSE
ATÉ QUE ROSAS CRESCERAM NO MEU PEITO
ENRAIZARAM-SE NO MEU CORPO, INVADIRAM SEM
LICENÇA A MINHA ALMA E EXPRESSARAM EM FORMA DE
MUDANÇAS DE HÁBITOS TODO O MEU SENTIMENTO POR TI
FALAVAM POR MIM, CRESCIAM EM CAMPOS ABERTOS PARA
TODOS OS DELEITES, MAS...AS ROSAS TEM SUAS PRIMAVERAS,
E SUAS PÉTALAS,
DESEJOS E NECESSIDADES DE RENOVAÇÃO...

POR:MOISÉS CARNEIRO

sábado, 15 de maio de 2010

ELOS

COMO É INSUPORTÁVEL A DISTÂNCIA DOS ELOS
E INTENSO O DESEJO DOS TOQUES
QUE ESQUECIDOS FORAM NA SEARA.
OU APAGADOS FORAM NA COLHEITA?
DIGA QUE NÃO ESCREVO AO VÁCUO
OU NADA É O QUE SERÁ DO ELO PERAMBULANTE AO ÓCIO
DO ESPAÇO.
POR:MOISÉS CARNEIRO

terça-feira, 11 de maio de 2010

SONHAR SEM SONO

Sono de quem tem, sonhos de quem falta o sono para pô-los em prática. Sonham acordados os não possuidores do privlégio do sono, escrevem anseios, aqueles que buscam desejos e cores nas palavras tão sonhadas, emocionalmente e/ou racionalmente grafadas.
Por: Moisés Carneiro

sábado, 8 de maio de 2010

SORRISO ANÍMICO - Que mané LULA rapá! O cara é o meu amigo Sorriso, Sorriso do comercio, Salvador - BA


Num atencioso dia, deparei-me com um raro sorriso no histórico bairro do Comércio, que numa época áurea, teria sido um dos principais centros financeiros da cidade de todos os santos, ritmos e encantos, chamada São Salvador, terra do nosso Senhor do Bonfim dos nobres e excluídos, capital da Bahia, paixão do grande e talvez o maior estadista e polêmico político brasileiro Antônio Carlos Magalhães que, diga-se de passagem, foi um freqüentador assíduo da cidade baixa, ora nas reuniões políticas e econômicas na Associação Comercial da Bahia, ora nos cortejos da tradicional lavagem do Bonfim ou em suas visitas ao excêntrico Mercado Modelo em suas campanhas e/ou administração política. E neste mesmo dia, através desta luneta atenta, eu pude notar também que, atualmente, o bairro do Comércio passa por um processo de revitalização, com campanhas para buscar ajuda dos órgãos públicos, empresas e empreendedores diversos numa tentativa de resgatar um pouco dos momentos áureos outrora vividos pelo bairro, através das reformas de prédios históricos e da implantação de diversas faculdades, cyber-cafés, financeiras, escritórios, lojas e, felizmente, contando ainda com a sua graciosidade arquitetônica, a freqüência e o convívio de figuras ilustres para facilitar a consagração de tal objetivo.
Mas, não posso negar que ao falar de revitalização,eu sinto uma tristeza angustiante, pois percebo a ausência do sentimento puro, do humanismo em nossa sociedade, e logo, noto a necessidade de resgate da solidariedade humana e do respeito ao próximo, mas, como o ditado popular prega que a esperança é a ultima que morre, eu encontrei uma raridade de pessoa em meio a essa correria contemporânea, e a essa globalização de tendências e informações que atropelam a sociedade, devido à rapidez com que as coisas acontecem e confundem as memórias de quem não está acostumado com esses bombardeios de informações, deformações e/ou renovações culturais, que por sua vez, culmina em tornar os homens incapazes de administrarem tantas novidades e de observarem as mazelas sociais ao seu redor. E graças a essa chama esperançosa que trago acesa em meus pensamentos positivos, eu pude perceber despercebidamente, ou diria, naturalmente, que é a forma como todas as coisas boas e puras acontecem, por que como é do conhecimento da sociedade, na convivência humana, só os fatos negativos são percebidos e dotados de atenções privilegiadas por todos os meios de comunicação, partindo do boca a boca até as poderosas mídias televisivas e manipuladoras de massas, onde o bem cai no ostracismo por não vender noticias e também por não criar polêmicas nos ônibus na hora do “rush”, “você viu o juiz corrupto daquele esquema? Que vergonha! E o caso da menina seqüestrada? Que tragédia e que papelão daqueles despreparados, acho que foram eles que mataram a pobre menina, e aquele traficante de treze anos que mataram na baixada? Ainda bem, é menos um bicho no nosso convívio social". Pois é... é a nossa sociedade preconceituosa e capaz da arte do julgar.
Mas, voltando ao que eu pude perceber em meio a tudo isso, que foi algo que passaria como a fluidez da água corrente da chuva, descendo os morros da cidade, alheia a nossa atenção, salvo, quando nessa passagem, a enxurrada venha a causar uma tragédia, um fato negativo como o arrasto de um barraco, assim denominado por alguns, erroneamente, por que o que eles chamam de barraco é nada mais nada menos que o patrimônio total material de muitas famílias, recheado com riquezas espirituais atreladas às lembranças que são arrastadas junto aos destroços, como a primeira palavra pronunciada pelo bebê no chão de cimento cru ou ainda de barro batido, as brigas e reconciliações familiares, as primaveras festejadas com tubaínas e sucos, cervejadas e churrascadas, como as lembranças das noites perdidas com o choro da criança com febre ou da filha que perdeu o namorado para a amiga ou para a própria irmã, a reunião dominical e religiosa na pequena e polivalente sala de estar (de deitar, de comer...), os churrascos com os amigos nos quintais discutindo o próximo mutirão, tentando melhorar a qualidade do acesso local ou para construir a popular lage daquele vizinho que necessita de ajuda para tal.
Eu poderia ficar alheio também, como já tinha citado antes, a essa outra figura ilustre do Comércio, não tão rica financeiramente e nem de poder como o ACM, mas sim, rica com um dos sorrisos mais belos que acredito ter tido o imensurável prazer de conhecer, um sorriso com uma pureza de alma e simpatia jamais vistas, uma pintura de sorriso que, ironicamente possui setenta por cento de sua estética dentária ausente e os trinta por cento que ainda lhes resta comprometidos por cáries, tártaros e pela gengivite, mas todos aqueles que conheceram e tiveram o privilegio de compartilhar momentos com este sorriso, também puderam transcender da matéria para o intimo da alma sorridente e alegre, sem tormentas capazes de externar e dividir com os outros suas angustias e frustrações que, sinceramente, acredito eu, não existirem para ele tormentas, por que tamanha é a sua disposição sorridente e prestativa, capaz de atender a um pedido mesmo que para isso deixe para depois ou até descarte algo que poderia ser proveitoso para si no momento da solicitação de terceiros, conhecendo-os ou não.
Digo isso como espectador e admirador desse encanto de sorriso que me ensina cada vez mais a ser humano e aluno compenetrado e curioso na expectativa da próxima lição a ser ministrada pelo mestre, e eu posso intitular este sorriso de mestre, por que em relação à sabedoria de vida, respeito, alto astral e solidariedade humana (que para mim é o sentimento mais puro do homem, pois este sim é visível e mais difícil de ser manipulado pelo sistema homem capitalista programado), qualidades estas, notadamente em extinção na atormentada e complexa raça humana.
Este sorriso desfalcados de seus molares, pré-molares e caninos, compostos por alguns cacos e gengivas inflamadas que passa o seu dia a dia na aventura de conseguir o sustento da família, dignamente, lavando e guardando carros, fazendo serviços de Office-boy, enfrentando filas de bancos e lotéricas, sendo cavalheiro, levando as pessoas, principalmente as meninas, aos pontos de ônibus ou aos seus carros em dias de chuva, sob a proteção do seu grande guarda-chuva, sendo às vezes injustiçado pela deficiência humana da generalização, do preconceito e da incompreensão, lesado pelos colegas gananciosos. E assim mesmo perdoando-os por tais injustiças e maus tratos.
Perambulante e cativante sorriso que anda quilômetros diários carregando dois baldes cheios com água para a labuta de suas lavagens, figura que transita do Moinho Salvador ao Mercado Modelo, diariamente após sair de casa e caminhar do consciente Negro e histórico bairro da Liberdade até o prédio do Instituto do Cacau no Comércio, esbanjando sorriso e simpatia por onde passa, para então, dá inicio a sua jornada diária de trabalho das 7:00 as 19:00 horas, trazendo inveja a muitos jovens, já que sua faixa etária varia entre os sessenta e os setenta anos, demonstrando alegria e disposição, mesmo possuindo uma enorme bagagem de sofrimentos e desventuras disponibilizados pelo destino a todo ser humano, a sua beleza transmite muita paz, e quando eu falo de beleza, refiro-me a representação da pureza da alma que continua sendo refletida através do seu sorriso, e que belo sorriso tem esta figura ilustre e humana, conhecida no Comércio maestrinamente como SORRISO.

Por: Moisés Carneiro, em homenagem a um exemplo humano, tão raro nos dias pós- modernos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

REPASSE

Quando falaram, eu escutei o que eu queria que tivessem
pronunciado e não o que realmente gracejaram.
Sorte minha ter a capacidade de filtrar informações, repassá-las
e torná-las suaves e confortáveis aos ouvidos humanos e desumanos.
Por: Moisés Carneiro

sábado, 1 de maio de 2010

NO VÁCUO

Como e onde encontrar um desertor
do espaço outrora preenchido?
Por: Moisés Carneiro