terça-feira, 27 de setembro de 2011

HALELU YAH

Axo que achei algo no AXÉ da fé
dos que dizem AMÉM. É só um axado
mas JAH é algo. ALÁ que o diga.
HASHEM também, busquem SEFARÍM!
JAVÉ vai voltar. Sabemos!
JEO, VÁ! Logo a trombeta ALLAH armará.
Por - Moisés Carneiro - 27/09/2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PÁSSARO NÔMADE



Eu sei onde mora a beleza
ela está ali, aqui, acolá
às vezes fica difícil enxergá-la
mas ela está por ai sim, eu sei.
Não sei onde mora a felicidade
essa esconde-se no nomadismo,
faz visita de passarinho
na janela das nossas almas e voa
depois volta e voa... volta...voa...
mas o seu canto fica no intímo e
seu perfume nas narinas
dos aposentos das mais puras lembranças. Espero viver...
Intensamente! Receber momentâneas
visitas no peitoril da minh'alma sem grades
enquanto admiro a Linda Rosa sob o mar
no paço imperial do meu jardim particular.
Por: Moisés Carneiro - 26/09/2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011



INFÂNCIA


A LISTA - OSWALDO MONTENEGRO


CÂNTICO NEGRO

IN [VENTAR]

Amada, parentes, conhecidos
perdoem-me por não telefonar,
mas não há nada melhor
que escrever um poema
e viajar, viajar !
Sentar na varanda
e inventar um ar puro
com cheiro de jasmim.
Inventar flores, arbustos
e passarinhos pra conversar.
Tocar violão ao luar,
aguardando a aurora
dilatar-se sobre o silencioso
manto da noite,
até despertar.
E se a tristeza chegar,
in[vento] um vento
pra voar.
Thiago Cardoso Sepriano - http://poetaspoesiadiversaoearte.blogspot.com/

terça-feira, 20 de setembro de 2011

IMAGENS VERSOS IMAGENS

Eu gritei, mas ninguém ouviu ou eu não ouvi o que eu gritei? Será que ninguém quis escutar o
que penso eu ter gritado ou com certeza sonorizado? Serás a "metamorfose" KafKaniana? Não estou me ouvindo, será que os outros falam muito alto neste momento? Ei surdo! Você ai de costas! Mas surdo não ouve, que insensatez ensurdecedora, eu acho que acabei de ficar mudo ou mudo já era quando tentei gritar. Mas que ignorância a minha, o rotulado mudo também fala e é entendido através dos seus sinais Libráticos. Já sei! Agora falarei eu, cá com as minhas mãos. Que balé mímico elas fazem agora, mas ninguém observa os movimentos das calejadas mãos, será que acabaram por cegarem? Creio que não, eles desviaram-se daqueles obstáculos com muita desenvoltura, será que minhas mãos não estão apresentáveis? Colocarei luvas com o brilho das cores do arco-íris. Ah! Agora apresento um show manuseado em cores, várias e lindas cores, mas, será que ninguém se interessa pelo balé colorido que eu apresento com as minhas mãos artísticas? Por que será? Elas agora estão bem vestidas e se mostrando com galhardia, já sei! Vou trocar as mãos por palavras aos muros. Não! Não é pichação, é tentativa de comunicação, é arte. Escrevo nos muros agora. Olha lá! Eles encostam, sentam nos muros, mas não lêem, ei, você ai! Não mija nas letras não. Que cão danado... acabou de morder o tornozelo do regador de muro, eu acho que o cão fez a leitura, talvez do meu pensamento ou do mundo à sua volta. Será que o vira-lata leu e entendeu a mensagem? Afirme quem puder, são tantos os mistérios entre o céu e a terra, e o purgatório também! Não devemos esquecê-lo, pois dizem que é lá que se expurga o peso da alma pecaminosa. Que faço agora? Tento cartazes ou imagens? O cartaz robusto de rocha ninguém leu, ninguém notou, imagina o reciclável de cartolina. Vou usar a força da imagem poética;

Ouçam as vozes que, grafadas falam mais do que as fonológicas
as vozes pronunciadas no escuro momento reflexivo.
As vozes das Letras que alimentam
o imaginário e o inimaginável fantástico.


Não adiantou nada, ninguém presta atenção, pobre riquíssima imagem poética, passou despercebida. Que é aquilo? Que movimentos, que vida, que pobre riqueza de imagens, todos atentos e encantados com o diálogo apelativo. Não acredito! Eles pararam o que estavam fazendo para apreciar, olha aquele indivíduo! Acabou desistindo de beijar a namorada, o outro sentou-se na calçada diante da tal caixa, que espetáculo, agora parece que todos eles escutam e enxergam, eles notam a presença comunicativa, como não pensei nisso antes! Na IMAGEM, na imagem nem um pouco poética, mas imagem que Tem Vez.
Moisés Carneiro - 15/12/2009

domingo, 18 de setembro de 2011

INVERNO PARTICULADO

O sol escaldante lá fora
faz tanto frio aqui dentro
e as células enrugam-se por aquecer
expectativas ansiosas.
Desejosas asas de Ícaro,
condutoras à perdição do amor,
eleva-me e aquece-me com uma
aproximação calorosa de um mar
mesmo que não seja o Egeu.
Por Moisés Carneiro - 18/09/2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ALEGRIA AO JANTAR

Tarde cinzenta, o crepúsculo anuncia-se, o garoto quebra aqui, conserta ali, olha o portão, junta molas, serra madeiras, guarda o pião na caixa de ferramentas, volta os olhos ao portão, fronteira angustiante da sua limitação, enxuga a testa, assoa o nariz. O cachorro late e abana o rabo. O menino corre até o esqueleto de ferro, visualização além fronteira e nova frustração que consome a expectativa infantil. Vai tomar banho, menino! Grita a voz das proximidades do tanque de lavar roupas, ordenando-o. Resmungos e barulhos da serrotagem misturam-se às buzinas dos carros lá fora e às conversas dos transeuntes. Só entro quando terminar! Resmunga mais uma vez e olha para o simples relógio de visor partido, com cuidado para não pingar nele o suor da face e afogá-lo, mira o céu e vê tímidas estrelas despontando, sente o cair do sereno, certifica-se do tempo e concentra-se novamente na sua atividade. Psiu! Assusta-se, derruba o martelo e corre as vistas ao quadrado imperativo com tanta empolgação que, um sorriso espontâneo surge do seu rosto esperançoso, desmanchando em seguida com rara frieza, que o amiguinho recomenda voltar depois. Não! Entra, pode entrar. Tá zangado comigo? Pergunta o visitante não esperado. Segura aqui? Pede ao ajudante indesejado no momento, sem dá importância ao seu questionamento, estende-lhe um pedaço de madeira para ser pregada, mira o prego, olha pra rua, erra a martelada, dá outra e acerta, mais uma e levanta a cabeça, vasculha a fronteira, sorri para o parceiro de traquinagens e fabricações e pergunta-lhe as horas. O aprendiz consulta o seu objeto camaleônico e exuberante, portador de um vasto guarda roupa em pulseiras de sete cores, uma veste para cada ocasião, e responde, são seis e trinta. Já vai tomar banho? Pergunta, preocupado com o fim do aprendizado. Não! Só entro depois que terminar. Responde com determinação de mestre. Golpeia mais uma vez com sua ferramenta, e o prego relutante em se infiltrar na pele de madeira, enfim integra-se ao emprestado corpo. Meu pai me trouxe um ferrorama hoje, brinquei com o trem por uns cinco minutos, mas o diacho brinca só, fica rodando nos trilhos até a gente ficar tonto. No comercial da TV sem cor, ele parecia ser tão legal. Desabafa o aluno, freqüentador da oficina improvisada e quase sua segunda casa. Ei! Tá me ouvindo? Hum... Sua patinete tá quase pronta, só faltam os rolimãs traseiros, diz o Gepeto da periferia. Oba! Amanhã eu consigo os dois que faltam e nós vamos descer a rua da ladeira asfaltada, depois da pelada na quadra da escola, é claro! Isso sim é que é diversão. Empolga-se... Ô! O que você tem? Parece triste e chateado, nem parece que o velho volta hoje. Indaga, preocupado com o amigo e fabricante de seus melhores brinquedos. Vamos tirar os rolimãs da minha super máquina agora e colocar na sua patinete pra testá-la? Desconversa o exímio montador de alegrias artesanais, antes de dar outra olhadela nas frias grades. Vem tomar banho menino! Grita uma voz rouca e triste do interior da casa. Desta vez sem resmungar, o garoto entra correndo e depois de alguns minutos, sai, cata as suas ferramentas, lamenta-se ao amigo e aluno com um forte abraço. Coração afogado! Chuvas de lágrimas embaçam o seu último olhar expectativo ao portão. Seu pai não mais voltará do leito hospitalar. Fim das conversas e brincadeiras tão saboreadas ao jantar.
Por: Moisés Carneiro – 28/08/2010

Benevolência

Digam AMÉM, mas AMEM o bem,
os miseráveis não merecem só desdém.
Orem por eles, mas ajude-os também.
Os sem BENS.
Por: Moisés Carneiro - 13/09/2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

TROFÉU VITAL

Nasce um homem só , seu destino é viver
o campeonato de um troféu sem igual,
bi, uni, vitelino ou vitalino,
da vida só se carrega a vida em nó.
Reflita, aproveite, aceite, rejeite
você tem uma vida só, e o universo dessa trilha?
Te levará ao PÓ, num veleiro, numa paisagem emoldurada pra mirar,
sorrir, chorar, sonhar e pesadelos te ter.
É tão simples o seu ser!
Tentar, sofrer, fazer acontecer,
errar, acertar, ensinar, aprender a viver
e gozar o frio na espinha do tão cedo morrer.
Pense e transgrida a imposta lei do viver o não viver
não abafe seus desejos em prol do sacrificar,
na busca de um grande feito, ser gênio espetacular.
Apenas viva! Ame, seja amado, quantas vezes
esse belo sentimento lhes for ofertado.
Nada de ser um tolo cabisbaixo
por ser materialmente programado.
O mar, o sal da vida, o fogo da paixão, o sol,
a enamorada lua, o rio, o doce das nuvens,
o brilho das estrelas, os montes uivantes,
o vento, as arvores, as cirandas e crianças felizes ao redor
completam a pura sinfonia do viver melhor
sob a natural batuta do AMOR maior.
Por: Moisés Carneiro - 12/09/2011