Amem-se e curtam-se, sem preocupação, sem preconceitos, sem sentimentos de culpa,
sem o constante medo de ser infeliz, pois o que importa é o ser feliz, nem que seja por instantes, um instante feliz fala mais alto do que uma década de tristeza, por mais que a tristeza marque, a lembrança do momento de felicidade ajuda o ser a superar, mesmo que seja por alguns segundos, o seu dilema tristonho. Esta transição do amadurecimento, trazida pelo sofrimento que nos amadurece, mas nos entristece, é intrínseca ao ser humano, mas não deve superar o ser feliz.
Ser feliz é ser indiferente a infelicidade por mais que ela nos rodeie e nos perturbe. A infelicidade marca a alma e amadurece o espírito, a felicidade ampara o ser nesta constante metamorfose sentimental e psicológica. Faço felizes os momentos, que pensava eu, serem insignificantes, buscando no meu intimo as reuniões com amigos, o beijo roubado da namorada, da eterna namorada, não importa se forem casados, busco nas peladas futebolísticas e mulherísticas, nos gritos sentado à gangorra no fundo do quintal, no eureca ao construir mais um carrinho de rolimã , um fliperama de caixote ou um fura pé, na leitura do bom livro que alimenta o imaginário e faz refletir, nas farras noturnas de embriaguês e bate papos no mundo redondo da mesa de bar, nos conselhos do PAI e no Deus te acompanhe da MÃE, eternos guardiões e suportes da felicidade dos filhos, busco nas brigas com as irmãs ciumentas por atenções, na escalada das arvores nos quintais da vizinhança em busca do fruto proibido, porém, emprestado pela sábia mãe natureza, que se responsabilizava por suprir os frutos roubados com tanto prazer pelo delinquente compreendido por tal prazeroso delito, na corrida noturna com o cachorro, sendo donos da rua deserta, porém vigiada pela fascinante lua e pelas luas dos olhos das janelas indiscretas, na pura alegria da companhia de meu cachorro Jhow e melhor amigo do homem, que graças a sabedoria divina não sabia o sujo valor do dinheiro, mas sabia como nenhum ser, reconhecer muito bem o valor de um afago ou de um simples gesto de carinho ao dizer não com o rabo quando na verdade se dizia sim, nas coisas mais simples, ricas e bobas da vida, que passariam despercebidas aos olhos de quem não vê nestes momentos simplórios, o alicerce de todas as estações psicológicas que permeiam as múltiplas fases da vida de todos os seres.
Por: Moisés Carneiro
Rapaz, esse tal de Moisés Carneiro é o cara. Eu nem queria ter um amigo assim srssr, sou sua fã.
ResponderExcluirFalando sério, que texto maravilhoso!!!!
Adoreeeei.
Ana Thompson
Obrigado pela atençaõ Ana Naomi Thompson. Os momentos mais simples da vida são, na maioria das vezes, os mais marcantes. Um abraço.
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