terça-feira, 29 de junho de 2010

CHUVA SEM LENÇÓIS

Brincando e observando.
Molhadas faces laçam Saúvas,
tripulantes para navios,
papéis flutuantes nas costas do meio-fio
das calçadas que descalçam pés
de corredores desejosos por
contatos imediatos de intenso grau
com o santo barro encharcado.
Asfalto limpo, bem lavado
pela cachoeira vespertina,
Jorros das nascentes
de algodão-doce celestial
que apresentam formas mutantes
em dias ensolarados com céu
quase de Brigadeiros,
observados das relvas, verdes
colchões naturais dos piqueniques
e namoros, dos descansos das labutas
e travessuras adultas-infantos-juvenis.
Diante deste cenário, um quase imperceptível
grande exemplo, oferendado aos homens:
brotos de chuvas! Gotas e gotas caem unidas
para levantar astrais e milharais de grão em grão,
gotas que preparam solos para o florescer,
e abastecem bicas e corredeiras
para a alegria em brincadeiras
de Ser feliz, e viver!
Sem o proteccionismo aquecedor dos
variados lençóis contraditórios, censuradores,
políticos, religiosos e morais,
moral por capitais, que separam
seres humanos em cores, dotes e castas sociais.
Por: Moisés Carneiro

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