terça-feira, 5 de março de 2013

A CABELEIRA DO SER ZÉ

O cabelo e os lápis são meus! Desenho-me como eu quiser.

Respeito, amor e paz, cada vez mais
Aos guerreiros do mesmo seio comunitário e circulante.

A CABELEIRA DO SER ZÉ
E ai negritude! E ai branquitude! Bem vindo ao meu salão de festas.
Se chegar com preconceito desinfeta!
Chapa, liso, encaracolado o que te alisa ou encrespa?
Afirmação já! Na cabeça no pensar, e o cabelo? É só penteado, é só pentear.
O negocio é atitude no agir, no respeitar
promover cidadania, seja de tarde, de noite, ou de dia.
Essa é a melhor cortesia.
Eu vou de quê?
Vou de chapinha meu caro, minha identidade eu encaro.

“EU MANDO CHAPINHA AJEITAR O MEU CABELO SEMPRE.
SOU UM CARA CONSCIENTE.
Ô CHAPINHA!! PASSA AI A MÁQUINA ZERO E A UM NA MINHA CABEÇA GRANDE E LATENTE”
EI, MAS NÃO FECHA A PORTA,

deixa minha porta-mente aberta e alerta
para tudo o que não presta.
Sempre alerta, sempre alerta...
E se eu pintasse a minha pele de vermelho? Será que iriam me chamar de Belzebu, Satanás ou Bombeiro Man, parceiro?
A nossa cor é humana, o nosso cabelo é drama, claro escuro drama
para quem só quer criar polêmicas e preconceitos aos negros, brancos, as negras e brancas damas. A essas ações, Desdém!
Por que ao homem humano a igualdade advém, sem vintém, com amém, axé e espírito santo também.
E as diferenças giram o mundo tão bem,
imaginem o apreço a elas HEIN!?
Cada um na sua onda cada um na sua nóia,
o resto é só paranóia deturpante.
Parábolas constantes! Cotidiano pulsante...
E eu sigo na paz...
Passo a passo a cada esquina sem paranóia delirante.
Sou errante e quem não é? Errando pra acertar, acertando para encarar
De frente o que me tocar, focar e observar o cotidiano que assombra,
É tanto caso absurdo, Salvem o Dalai Lama!
É tanta lama! Tanta lama!
Sumiram com a relva, surgiram com as granas,
sujas gravatas discursam formas, deformam normas.
e nos arrastam em celas mentais por famas
e idéias sem sentidos, sem respeito ao outro, aos seus direitos,
erros e acertos em forma de preconceito.
Malandragem! Já é tempo de viver em contento
Deixa de lado o desafeto, vamos olhar com alento
O que nos rege e nos guia, o que nos trás sofrimento.
Irmãos matando irmãos sem ter motivo ao certo
só fúria no coração que agora é só de concreto.
Amor paz e cidadania, respeito ao irmão e aos pais,
aos avós tios e tias, que mais sofrem hoje em dia
aos professores e guias, ao amigo, colega
aos vizinhos e as cotas, reparações que incomodam
E o seu cabelo incomoda? Penteiem como quiserem, endredem,
Alisem, raspem ou cacheem,
Mas, alimentem suas mentes essa sim tem seu recheio,
Com muito amor e respeito, deixem de lado o receio.
Nosso cabelo nem volta pra terra de onde ele veio.
Por: Moisés Carneiro

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