Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei. Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é.
Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo é do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só,
não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo, O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li. O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu?" Deus sabe, porque o escreveu.
POR: FERNANDO PESSOA
OI, OI, Boa noite,
ResponderExcluirMuitas das vezes, não nos surpreendemos do nada.
A ansiedade q todos nós trazemos dentro de si, se justifica, pela quantidade infinita de almas q existem dentro de nós( concordo com F.P) e só percebemos essa numerosidade qndo nos deparamos com situações diversas.Por que:As reações que temos contraditórias aos nossos valores tão conservador q às vezes nos perguntamos:
Puxa!! fui Eu mesmo q fiz isso,ou q falei aquilo,ou reagir assim? etc.Ou então,revir meus conceitos e valores, antes julgados superiores e agora não penso mais assim, Sou uma pessoa diferente.Será EU mesmo que fiz essa transformação? ou as outras almas que habita neste ser julgo incompreendido?
"cada meu sonho ou desejo é do que nasce e não meu"é cada ação uma reação ,ou seja, para cada alma uma reação...e aí eu mim surpeendo:
Fui Eu q fiz isso,(...)Deus sabe quem foi(rs rs)
BJUSSSSSSSSSSSSSSS