quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

NOMENCRIATURAS



Pensando bem, nem penso muito,
mas, às vezes me pergunto, por que
nomeia-se tudo? Batismo oblíquo!
Pedras nos calos. Calhas de pedras!
Caminhos marcados por trilhas, placas,
sinais e símbolos, travessas e travessias.
Ruas, casas nuas, mendigo na sua estreita
Silva calçada com sua João calça rasgada, assim batizados pelos
calçados recalcos, batinas e linhos de escritas grã-finas
em vãs pergaminhos. Rótulos, nomes sobre os nomes,
classes sobre a classe.
E o vinho segue manchando em vinho
a pura embriaguês do colarinho, quando servido ao
mestre letrado e retado sem carinho.
Batismo meu, batuta nossa,
Batista Filho, Batista Neto.
Bastardo ninho.
Por: Moisés carneiro - 10/01/2011

Um comentário:

  1. Adoro etmologia, e como vc disse, tudo se nomeia, e se há esse universo ainda há um outro do nome atrás do nome!!!Seus textos são muito bons, divulgue mais, mais pessoas "merecem" lê-los!

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