
Toda vez que eu viajava
em andanças de ouro fino
de tolo eu curtia solos
por mil harpas, violinos.
Meu guia, a brisa marinha,
carícias meu rumo tecia.
Na pele ardente centelha
fogosa e bela primazia
do sangue, pulsante poesia
a gélida cama de areia,
pureza sem hipocrisia
Ardente e terna viagem
cavalgam em harmonia,
envoltos pelo luar
prazerosa alegoria!
Loucos sem estribeiras,
Espasmos e brincadeiras,
corpos nus e areia fria.
Verão-madrugada baiana
dois corpos nenhuma andorinha
estrelas são alcoviteiras
da escura-clara alegria
da concha suja de areia
na noite que não és mais fria
o sono anímico embala
a aurora de um novo dia.
Por: Moisés Carneiro