sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sambalíngua

A linguagem e o rítmo não se calam
eles se pronunciam no ar, no céu, nuvens e estrelas,
palmeiras das mãos, excitação de corpos...dedos a promoverem, frenesis ondas no mar,
no vento uivante dos bambus, na folha solta a vagar,
na solitária chama da vela e seu gingado a bailar.
A chuva trova um coral de chuá, chuá, chuá
sobre a relva e a rosa brilha o sol a escaldar,
a lua em seu serenar, reflexão, desabrochar, soa o solo violino do tão belo enamorar.
sons de beijos esmaqueados? São doces lábios encontrados.
O sangue efervescido é o bom prazer em sua nascente
e o coração do linguarudo, destemido e acelerado,
goza instantes bem contentes.
O Tic tac do relógio traz quimeras de um passado
com mil ternuras, desventuras de um línguavida ritmado,
imponente na regência de um belo samba sincopado.
Por: Moisés Carneiro -25/11/2011

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